Curitiba recebeu do governo do Estado 21.273 doses a mais do que a simples média populacional indicada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O número leva em consideração o tamanho dos grupos prioritários e não apenas a população geral, conforme a orientação do Ministério da Saúde, amplamente conhecida.
Somente para a primeira aplicação (D1) foram distribuídas, até o momento, 702.822 doses para a Capital. Se o cálculo fosse apenas populacional e não por grupos prioritários, Curitiba receberia 681.549. A proporção de D1 de Curitiba em relação ao Paraná é da ordem de 17,44%, ou seja, a Capital recebeu quase 20% de tudo que foi encaminhado pelo Ministério da Saúde. Se o cálculo fosse apenas habitacional, seria de 16,91%.
O Governo do Paraná diz que segue as diretrizes do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde (PNI/MS) desde o começo da vacinação. A distribuição é realizada através dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, proporcionalmente aos 399 municípios. Ou seja, a Capital recebeu adequadamente as doses dentro da realidade disponível até então, mas, como possui população maior, evidentemente vai alcançar faixas etárias mais novas mais tarde.
No início do processo de vacinação, quando só profissionais de saúde foram convocados, houve discrepâncias naturais entre os municípios. Com o avanço da imunização, elas foram paulatinamente corrigidas, alcançando um equilíbrio. Ainda assim, há municípios com públicos específicos, como portuários, indígenas e presos. Cinco meses depois do início da imunização, apenas Curitiba expôs publicamente alguma divergência.
Além disso, o governo do Paraná recebeu ofícios com informações dúbias. No que a secretária municipal de Saúde, Márcia Huçulak, encaminhou à Secretaria da Saúde, consta a informação de que faltam 253 mil doses para imunizar toda a população acima de 40 anos. No outro, do prefeito Rafael Greca ao governador Carlos Massa Ratinho Junior, são solicitadas 194,5 mil doses.
A prefeitura ainda alega que muitos trabalhadores de saúde e a população em geral de cidades vizinhas receberam as doses em Curitiba, em número estimado em 140 mil pessoas, o que, de alguma maneira, burlou o filtro da Capital. Na outra monta, mais de 100 mil curitibanos foram imunizados em outros municípios, o que resultou numa diferença de 35 mil pessoas imunizadas. Número distante das 200 mil doses reclamadas de maneira “imediata”.
Curitiba também quer todas as doses da primeira remessa da Janssen, só não explica como quer “isonomia de tratamento” e deixar os paranaenses dos outros 398 municípios de fora desse novo processo de imunização ao mesmo tempo.
Para fechar, segundo o governo do Estado, já foram distribuídas 1.083.102 doses para Curitiba, capaz de atingir 84% do grupo prioritário, estimado em 1.283.560. Dessas, 702.822 foram apenas para a chamada D1. Esse número deve aumentar rapidamente porque o Paraná receberá amanhã mais 234,5 mil doses.
O Greca gosta de contar estórias
Greca, vc caiu no ostracismo, se acostume
Curitiba recebeu 700 mil vacinas. Eita coisa boa
Cada uma que acontece
702.822 doses, para de reclamar Greca.