O G1 Paraná informa que o Ministério Público do Paraná (MP-PR) determinou o bloqueio de bens no valor de R$ 50 mil do vereador Felipe Passos (PSDB), de Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, em processo que investiga suposta improbidade administrativa do parlamentar. O vereador, que está no segundo mandato, nega e diz que é inocente.
A medida foi expedida pela 2ª Vara da Fazenda Pública de Ponta Grossa, na quarta-feira (26).
Segundo o MP, ele é suspeito de operar um esquema de “rachadinha”, exigindo a devolução de dinheiro de subordinados, e de cometer assédio sexual e moral contra servidores subordinados a ele.
Entenda os casos.
Por meio de nota, a defesa de Felipe Passos afirmou que ele é inocente e foi alvo de pessoas que “tentam prejudicar e tirar vantagem” do parlamentar.
Disse, ainda, que irá apresentar defesa para revogar a medida que determinou o bloqueio de bens.
“Rachadinha” e assédio
Conforme o Ministério Público, Felipe Passos utilizou do cargo público para obter vantagem patrimonial. Ele também exigiu dinheiro, bens e pagamentos indevidos para indicar ou nomear servidores durante o primeiro e o atual mandato em Ponta Grossa, o que configura “rachadinha”.
Segundo a investigação, há registros de servidores que mantiveram pagamentos mensais ao vereador durante todo o ano de 2020.
O vereador, de acordo com o MP-PR, também assediava moralmente e sexualmente servidores subordinados, além de coagi-los a trabalhar durante a campanha eleitoral sem contraprestação ou registro.
Ainda conforme a investigação, a conduta de Felipe Passos “causou dano ao erário”. Durante a apuração do caso, o Ministério Público ouviu servidores que atuaram junto ao parlamentar.
Se considerado culpado pelas ações, o vereador pode sofrer as sanções como perda do cargo público, suspensão dos direitos políticos e pagamento de multa e ressarcimento dos danos causados ao cofres públicos.