A produção industrial paranaense cresceu pelo nono mês consecutivo e fechou janeiro com um acréscimo de 1,5% em relação a dezembro de 2020. O resultado tem ainda mais impacto quando comparado com o mesmo mês do ano passado. A evolução foi de 11,5%, a maior da Região Sul e a segunda do País no período, quase seis vezes superior à média nacional de 2% – o Paraná teve um desempenho de 13,3% no recorte de janeiro a janeiro. Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada nesta quarta-feira (10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
“O resultado demonstra que o Paraná é muito forte. A indústria conseguiu crescer mesmo em meio à maior crise de saúde pública dos últimos 100 anos. Mais de 11% em relação a janeiro de 2020. Ou seja, em relação a um período em que o coronavírus ainda não havia sido identificado em nosso Estado, o que torna o resultado ainda mais relevante”, destacou o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Ele ressaltou que os saldos positivos obtidos pelo setor industrial de forma consecutiva demonstram que o Estado conseguiu equilibrar economia e saúde durante a pandemia, que completa um ano no Paraná no próximo dia 12.
“Buscamos atender os paranaenses disponibilizando hospitais, leitos e medicamentos para que a pandemia tivesse o menor impacto possível na saúde. Mas também criamos mecanismo de estímulo à economia, o que gerou quase 40% dos empregos com carteira assinada ano passado no País”, afirmou Ratinho Junior.
O governador faz referência ao fato de a indústria paranaense, além da recuperação continuada, ter registrado saldo positivo nos empregos em 2020. Segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, foram 25.880 empregos na indústria de transformação, o que foi fundamental para o resultado estadual de 52.670 novas vagas. O País registrou a abertura de 142.690 no ano passado.
NACIONAL – O desempenho do Paraná é consideravelmente maior do que a média nacional. No período de janeiro de 2020 a janeiro de 2021 o País registrou alta de 2% na indústria, quase seis vezes inferior ao resultado estadual, de 11,5%.
Rio Grande do Sul e Santa Catarina obtiverem 9,8% e 10,1% no mesmo recorte. Ao todo, oito dos quinze locais pesquisados pelo IBGE fecharam no azul, com o Pará liderando (13,3%).
MENSAL – No comparativo entre dezembro de 2020 e janeiro de 2021, o crescimento da indústria do Paraná foi de 1,5%, o quinto melhor do País, atrás do Pará (4,4%), Pernambuco (3,6%), Rio de Janeiro (2,9%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
Os setores da indústria que mais se sobressaíram no Estado foram a fabricação de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (35,9%), máquinas e equipamentos em geral (31,1%), veículos automotores, reboques e carrocerias (27,8%) e produtos de madeira (27%).
O Brasil registrou alta de 0,4% no período destacado, com sete dos 15 locais pesquisados apresentando taxas positivas. Em relação à média móvel trimestral, nove estados apontaram altas no acumulado de 90 dias com término em janeiro. Rio Grande do Sul (2,5%), Santa Catarina (2%), Paraná (1,8%), Ceará (1,7%) e São Paulo (1,2%) foram quem mais se destacaram.
BALANÇO – A recuperação da indústria paranaense iniciou em maio, depois de dois meses de queda, e não parou desde então. Houve crescimento em janeiro (2%), fevereiro (1,9%), maio (21,2%), junho (4,7%), julho (3,2%), agosto (2,8%), setembro (9,5%), outubro (3,5%), novembro (1,2%) e dezembro (2,8%). Março e abril, meses subsequentes à chegada da Covid-19, registraram perdas. Posição que segue em 2021, com janeiro fechando em 1,5%.