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terça-feira, novembro 19, 2024
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InícioPolítica NacionalAo tirar Lula da fogueira, Supremo se carboniza

Ao tirar Lula da fogueira, Supremo se carboniza

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Josias de Souza, no UOL, conta que um tribunal chamado Supremo tem o mesmo problema de uma mulher chamada Vitória. A qualquer momento, seu comportamento pode desmentir o seu nome. A supremacia do Supremo convive com a ameaça constante de uma notícia inusitada —como o despacho do ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato, que anulou as condenações impostas a Lula, reabilitando eleitoralmente o personagem. Depois dessa decisão, a supremacia do Supremo, já tão diminuta, passou a caber numa caixa de fósforos. Resta-lhe o papel de Ministério substituto da Saúde.

O brasileiro não gosta do que não entende. E a decisão de Fachin é 100% feita de contradição. O resgate de Lula grudou no Supremo a aparência de uma Corte autossuficiente. Ela mesma deu mão forte a Curitiba para julgar Lula, ela mesma autorizou a prisão de Lula, ela mesma revogou a regra que mantivera Lula em cana por um ano e sete meses… Agora, a mesma Suprema Corte retira o aval que concedera a Curitiba para virar Lula do avesso. Anula as sentenças. Entre elas a do tríplex do Guarujá, reafirmada em três instâncias do Judiciário.

Todo esse vaivém pode ser resumido em duas palavras: insegurança jurídica. Anuladas as sentenças, os processos contra Lula voltam à primeira instância, dessa vez na Justiça Federal de Brasília. Alega-se que as condenações de Curitiba podem ser reafirmadas. Lorota. Serão sepultadas. Se não morrerem a golpes de caneta de um juiz de primeiro grau, fenecerão pela prescrição dos crimes atribuídos a Lula: corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Leia mais.

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