Qual o motivo de tantas aposentadorias na Prefeitura de Curitiba?

O analista político Aroldo Murá informa que a falta de perspectiva com a atual gestão, a qual não prestigia os servidores de carreira, é uma das causas que tem levado a pedidos de aposentadoria em massa. Como este site publicou, pelo menos mil funcionários estão pedindo demissão da PMC, a maioria deles ainda jovens.

O que de fato vem ocorrendo é que tudo falta na administração da Prefeitura de Rafael Greca, desde engenheiros, arquitetos, contadores, procuradores, administradores, dentistas e médicos. A ausência de contratações para suprir as carreiras gera sobrecarga de trabalho para quem fica na ativa, o que expõe ao risco muitas atividades de interesse público e da sociedade.

INSTALAÇÕES RUINS

As instalações das edificações do município são as piores entre os departamentos públicos. São alugados imóveis inadequados que geralmente indicações realizadas via gabinete. Servidores sofrem em cubículos, com mesas e cadeiras quebradas, passando calor ou frio e em pleno risco a doenças como no caso atual a c ovid-19. Tudo, então, desprestigia Rafael Greca. Qual o motivo de não se repor os quadros de carreira da prefeitura de Curitiba diante do tamanho número de pedidos de aposentadoria?

PARA COMISSIONADOS

A verdade mais plausível é que muitos cargos de carreira estão sendo preenchidos por cargos em comissão. Essas funções são reconhecidamente moeda de troca por favores políticos e visam acomodar pessoas “dedicadas” ao alcaide. No entanto, a dedicação deveria ser para o interesse dos munícipes de Curitiba. Outro fator para não contratação é a força da terceirização que certos grupos patrocinadores de campanha cobram do alcaide, o qual está em franca campanha pela terceirização total da saúde de Curitiba.

Por final, um fator menor que tem levado a aposentadoria de certos grupos de servidores, é o fato de nos idos de 1993, ainda no primeiro mandato de Rafael Greca, terem havido várias transposições irregulares de carreiras sem concurso e esse pessoal precisa se aposentar enquanto Rafael ainda se encontra no poder, sob pena de um novo governante questionar essas aposentadorias, que sem contribuição na época, estão onerando o IPMC-Instituto de Previdência do Município.

QUEBRA DO IPMC

O que preveem bem informados sobre a realidade prefeitura é a quebra do IPMC-Instituto de Previdência de Curitiba, o qual estaria sendo desmontado com desvios de verbas e má aplicação dos recursos descontados dos atuais servidores, segundo analisam técnicos da Prefeitura que pedem anonimato.

O instituto é tão importante financeiramente, que o secretário Vitor Puppi colocou Breno, seu “puppilo”, no IPMC no lugar de Ary Gil Piovesan, servidor de carreira muito competente financeiramente. Qual o real significado desta mudança?

FALTA DINHEIRO?

“A alegação de Vitor Puppi é que não existe dinheiro para contratação via concurso, contudo isso não é uma verdade plena, pois o secretário garganteia o superavit financeiro do Município e sua recuperação econômica”, diz um informante de dona Matilde, enquanto sorve um cafezinho nas vizinhanças do Gabinete de Greca..

Segundo servidores, quem salvou o Município não foi Vitor Puppi e sim o dinheiro da futura aposentadoria dos servidores e o aumento ininterrupto de impostos aos Curitibanos ( estes hoje quebram com seus negócios fechados em virtude da Covid e lockdown do prefeito disfarçado de bandeira laranja).

Vale lembrar: o dinheiro dos servidores foi usado no asfalto, e este vai fazer falta e cobrará futuramente o seu preço dos contribuintes de Curitiba.

“Viva o IPMC! Enquanto isso, o Ministério Público do Paraná continua em Lockdown! Pelo menos com respeito as estrepulias do alcaide”, registra um vereador que vai coletando toda “uma cordoeira de irregularidades para futura ação popular”.