Haroldo Murá informa que o professor e advogado Ricardo Fonseca, reitor da UFPR, e que obteve 91% dos votos do colégio eleitoral da Universidade Federal do Paraná na recente eleição ( colégio composto por professores, alunos e técnicos) para novo mandato de reitor e vice-reitor, confia na sociedade e nas autoridades.
Fonseca acredita que os senadores, a bancada federal e o governador do Estado – que sempre tem respeitado as listas tríplices nas universidades estaduais – poderão se engajar no projeto de apoio à decisão das urnas.
A seu favor, cita sempre o fato de “ter realizado uma gestão eficiente respeitando a pluralidade interna”.
CASO DO RIO GRANDE DO SUL
a) Para a UFRGS o presidente da República escolheu o terceiro colocado na eleição da universidade. Esta seria, na sua opinião, tendência do PR?
Não creio. Há diferenças fundamentais, entre as quais a seguinte: a eleição lá demonstrou uma divisão muito grande daquela universidade.
Aqui, ao contrário, há uma coesão absoluta da comunidade em torno de um projeto (lembro que 91% da comunidade votou em mim e na professora Graciela). E tenho certeza que muitos dos 9% que votaram na outra chapa não estão aprovando as ações dos nossos opositores na consulta pública neste momento. E não vejo nenhum político paranaense (também ao contrário do que aconteceu no Rio Grande do Sul) dando suporte para essa pretensão escandalosamente minoritária. Afinal, acredito ninguém quer ser o “padrinho” de uma minoria tão minoritária (com o perdão do trocadilho) e ter na testa o carimbo de inimigo da UFPR.
MEDIDA PREVENTIVA?
b) há algum tipo de medida preventiva que o senhor esteja tomando, com vistas a conseguir que sua vitória seja confirmada pela decisão presidencial futura?
Confio no bom senso: fizemos uma gestão eficiente, respeitando a pluralidade interna, dialogando com todos e com a aprovação interna massiva. Não há nenhuma razão objetiva – afora factóides e cortinas de fumaça que só foram levantados no período eleitoral, com oportunismo evidente – que constituam obstáculos aos nossos nomes. Mas vou ainda iniciar um diálogo com forças políticas e da sociedade civil para uma campanha em prol do respeito à vontade expressada de modo claro pela Universidade dos paranaenses.
AINDA O PROCESSO INTERNO
c) A bancada federal do Paraná e o governador estão dando algum tipo de suporte à decisão dos eleitores da UFPR?
Como a lista tríplice ainda não foi elaborada (temos data marcada para isso, mas o processo interno ainda não terminou), creio que ainda não chegou o tempo de acionar os nossos agentes políticos. Mas tenho certeza que a bancada, os nossos senadores e o governador – que inclusive tem respeitado a ordem das listas das universidades estaduais – jamais seriam contra a vontade clara daquela que é a mais universidade do Estado, a mais antiga do Brasil e a “alma mater” da sociedade paranaense.
TERMINA EM DEZEMBRO
d) A indicação do reitor da UFPR deverá ocorrer, no máximo, em que data?
Via de regra, ocorre pouco antes do final do mandato vigente da reitoria, que no nosso caso é 16 de dezembro. Há ainda um percurso até lá.