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domingo, dezembro 22, 2024
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Pesquisadores paranaenses lideram estudo sobre a covid-19

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Pesquisadores das universidades estaduais do Paraná, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), de Institutos de Pesquisa e de algumas universidades do estado de São Paulo vão participar de um estudo genômico, pioneiro no Brasil e na América Latina, sobre as manifestações clínicas da covid-19, em diferentes tipos de pacientes. O estudo inicia no mês de julho e será coordenado pelo Instituto de Pesquisa para o Câncer (IPEC/Guarapuava), por meio da Rede Genômica.

O valor inicial do investimento na pesquisa é de R$ 800 mil, sendo R$ 400 mil da Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, por meio da Unidade Gestora do Fundo Paraná (UGF), e R$ 400 mil repassados pela Prefeitura de Guarapuava.

Serão 95 pesquisadores de 11 municípios do Paraná e de São Paulo. Eles estudarão o comportamento da Covid-19 em pacientes com quadro clínico grave e mantidos na UTI com ventilação pulmonar; pacientes com quadro clínico moderado, internados na enfermaria; em pacientes que foram curados sem a necessidade de transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), além de pacientes com quadro clínico leve ou assintomáticos.

Pesquisas já realizadas demonstram que metade dos indivíduos com Coronavírus apresenta sintomas moderados e é curada sem a necessidade de hospitalização, 30% são assintomáticos. Cerca de 20% dos indivíduos infectados evoluem para a forma mais grave da doença e necessitam de cuidados hospitalares. Desses pacientes, 5% necessitam de atenção intensiva com ventilação pulmonar.

AMOSTRAS – Para realizar o estudo, serão coletadas, ao longo de quatro meses, amostras de sangue e tecidos de 200 pacientes, obtidas de instituições de saúde do Paraná e de São Paulo, entre elas o Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), em Curitiba.

GENÉTICA – Segundo o coordenador do curso de Medicina da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) e um dos coordenadores da pesquisa, David Livingstone, o estudo busca compreender de que maneira a genética influencia na evolução da doença.

Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), um grupo de pesquisa que analisa a citologia clínica e infecções sexualmente transmissíveis vai avaliar a presença da Covid-19 em líquidos como sangue, soro e plasma mapeando as diferentes fontes de transmissão.

PARTICIPANTES – O projeto será desenvolvido no IEPC pela Rede Genômica com pesquisadores de doze instituições de pesquisa paranaenses. São elas as universidades estaduais de Londrina (UEL), Ponta Grossa (UEPG), do Centro-Oeste (Unicentro), de Maringá (UEM), do Norte do Paraná (UENP), do Oeste do Paraná (Unioeste), Estadual do Paraná (Unespar), e a Universidade Federal do Paraná (UFPR).

Também participam a Faculdades Pequeno Príncipe (FPE-Curitiba), Instituto Carlos Chagas (Fiocruz/PR), Laboratório Central do Estado do Paraná (Lacen), Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), e quatro instituições paulistas: Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP/USP), Faculdade de Ciências Farmacêuticas (Unesp – Araraquara), Universidade de Araraquara (Uniara) e a Faculdade de Medicina de Marília (Famema).

REDE GENÔMICA – A rede foi criada com o objetivo de desenvolver metodologias de análise em escala genômica aplicadas ao diagnóstico de doenças genéticas, em especial as doenças oncológicas. A Rede Genômica está vinculada ao IPEC, que foi criado recentemente. O instituto desenvolve pesquisas básicas e aplicadas voltada ao diagnóstico e tratamento do câncer e também promove a formação de profissionais especializados em medicina de precisão.

INSTITUTO PARA PESQUISA DO CÂNCER – Inaugurado no mês de junho, o Instituto é fruto de um investimento de R$ 15 milhões da Assembleia Legislativa do Paraná e empresários locais.

O IPEC foi criado para ser uma plataforma de pesquisa genômica com corpo técnico e clínico especializado. A instituição tem um amplo portfólio de testes genéticos, com equipamentos e metodologias de última geração, fundamentais para o diagnóstico de doenças de base genética, em especial as doenças oncológicas.

O instituto atua em diferentes áreas como: Oncogenética, Neurogenética; Doenças Raras, Cardiogenética, Saúde e Bem-Estar, além de fortalecer a base científica para o desenvolvimento do setor agropecuário da região de Guarapuava.

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