O jornalista Aroldo Murá conta que recebeu de um velho e competente engenheiro (*), ex-funcionário da Prefeitura de Curitiba, observações de alto teor crítico ao trabalho de recapeamento asfáltico que o prefeito Greca promove em Curitiba.
O profissional tomou como exemplo para sua avaliação o trabalho feito na Rua Comendador Macedo pela empreiteira Tucuman, de José Maria Muller (que teve grande trânsito irrestrito junto ao Palácio Iguaçu no Governo passado).
A análise garante que a obra é mal feita, compromete a qualidade e durabilidade do recape. Daí pode-se indagar se essas falhas não se repetem nas dezenas de outras vias recapeadas?
Assim estaria, então, sendo gasto o dinheiro dos contribuintes no festival de “asfalto” que se espalha pela cidade em tempos de pandemia?
“Em pleno ano de eleição municipal, a prefeitura do alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo segue com suspeitas as obras de recape pelas ruas da cidade.
Tomo como amostra, para criticar o trabalho, as obras de pavimentação na Rua Comendador Macedo entre a Praça dos Expedicionários e a Rua Dr. Faivre, realizadas na primeira quinzena do mês de março deste ano, responsabilidades da empresa Tucuman, do ‘conhecido’ José Maria Müller.
Essa empresa foi exposta, por seus malabarismos e irregularidades contra a administração pública, pelas Operações Lava Jato e Operação Rádio Patrulha. O empresário é réu na Lava Jato.
MAUS CAMINHOS
De novo, os feitos da Tucuman agora expõem clamorosas falhas das execuções apontadas. O que não é nenhuma novidade para a administração pública que, se criteriosa e não leniente com certos arremedos empresariais, não deveria contratar jamais “serviços” de tal empreiteira.
Mas ela, a Tucuman, tem o dom de convencer – é o que seu histórico indica, há dezenas de anos -, governos de todos os matizes, de Curitiba e do Paraná. É só avaliar o “currículum” da Tucuman.
A HISTÓRIA VAI COBRAR
Como mostra da péssima obra executada na Comendador Macedo, no trecho mencionado, registro, com toda segurança: ficando na questão da fresagem, lembro que ela consiste no corte de uma ou mais camadas do revestimento asfáltico; e é fundamental para a obra de recapeamento.
No caso da Rua Com. Macedo, a fresagem deixou a base do pavimento exposta e desestabilizada, sem compactação, com os paralelepípedos soltos (fotos), sendo imprimados com alta diluição em água.
Isso tem apenas uma explicação negativa: o trabalho foi executado no mesmo dia do recapeamento, sem atender o mínimo das normas técnicas nacionais de pavimentação asfáltica.
COMPROMETIMENTO GERAL
É preciso que se diga, para entendimento geral: a não compactação, não correção das fissuras existentes, compromete sensivelmente a qualidade e durabilidade do pavimento.
E posso garantir: em poucos meses – e não em um horizonte de projeto de 10 anos – haverá um considerável comprometimento do serviço de tão alto custo pago pelos contribuintes. Tudo determinado, nessa abertura dos cofres públicos à Tucuman, pelo alcaide Greca de Macedo, um furioso candidato à reeleição que não se vexa de expor-se como mau administrador.
Greca não teme o julgamento da história que, acredita, poderá também manipular. Será que esse encantador de multidões chegará a tanto?”
*AJHK – engenheiro civil – Curitiba, um curitibano inconformado com a chamada “velha política”.
Eita, qto descaso. Com a febre do asfalto, vamos nessa ideia para não votar em quem “se preocupa muito” com os doentes e mais necessitados.
Curitiba está indo de mal a pior com Greca.