O Museu Guido Viaro e o Cineclube Espoletta promovem durante o mês de outubro a Mostra Documentários de Fernando Severo, que vai exibir seis trabalhos do cineasta paranaense, entre eles filmes premiados nacionalmente e exibidos em festivais no exterior. Fazem parte da mostra os longas-metragens “A Polaca” e “Euller Miller Entre Dois Mundos”, os médias-metragens “Festa de Separação” (co-direção de Evaldo Mocarzel), “Helmuth Wagner – Alma da Imagem” (co-direção de Ingrid Wagner) e também os curtas-metragens “O Significador de Insignificâncias” (co-direção de Diego Lopes) e “Xetá”.
Fernando Severo é realizador de mais de quarenta filmes como diretor, roteirista e montador, que receberam dezenas de prêmios em festivais nacionais e internacionais. Foi Diretor do Museu da Imagem e do Som do Paraná de 2011 a 2016. É doutorando e pesquisador em cinema, com diversas publicações e participações em eventos nacionais e internacionais nas áreas de audiovisual e comunicações. Dedica-se também a atividades didáticas, exercidas nas últimas décadas em instituições como a Universidade Estadual do Paraná, PUCPR, Universidade Positivo, Universidade Tuiuti e Centro Europeu.
O Cineclube Espoletta é o mais antigo em atividade no Paraná e funciona aos sábados no auditório do Museu Guido Viaro.
A entrada é franca e as sessões vão acontecer aos sábados, com início às 17h30. Após a exibição dos filmes vai haver uma conversa entre o diretor e o público, intermediada por convidados especiais: o fotógrafo João Urban, a crítica e historiadora de arte Maria José Justino e a antropóloga Maria Fernanda Maranhão.
Programação:
Dia 05/10:
O Significador de Insignificâncias (co-direção de Diego Lopes) (2014, 15min.)O multiartista Hélio Leites une artes plásticas, poesia e performance para criar ações minimalistas de intervenção urbana. Chamado pelo poeta Paulo Leminski de “significador de insignificâncias”, recicla materiais destinados ao lixo e constrói com eles um universo próprio repleto de novos significados.
A Polaca (2013, 70 min.)Uma original história de amor está por trás do quadro “A Polaca”, considerado pela crítica o melhor retrato brasileiro pintado na década de 1930. O filme entrelaça a história de seu autor, Guido Viaro, pintor italiano radicado em Curitiba e de sua musa de origem polonesa, Hedwiges Mizerkowski.
Convidada: Maria José Justino (crítica e historiadora de arte)
Dia 19/10:
Xetá (2010, 20min.)Durante o desordenado processo de colonização do noroeste do Paraná, nos anos 40 e 50, foi avistada uma população indígena que até então havia tido pouquíssimo contato com o homem branco. Em pouco tempo o povo Xetá foi expulso de suas terras e disperso para outros locais. A quase extinção dos Xetá acabou contribuindo para provocar um desastre ecológico irreversível na região.
Euller Miller Entre Dois Mundos (2018, 76min.)Euller Miller é um jovem indígena brasileiro da etnia kaiwá que saiu de sua pequena aldeia nos arredores de Dourados (MS) para cursar odontologia em uma universidade pública em Curitiba. O filme acompanha sua complexa transição entre dois mundos contrastantes e a busca de novos horizontes que não impliquem na perda de suas raízes indígenas.
Convidada: Maria Fernanda Maranhão (antropóloga)
Dia 26/10:
Festa de Separação (co-direção de Evaldo Mocarzel) (2012, 25min.)O filme registra e expande o documentário cênico “Festa de Separação”, concebido e encenado pela atriz Janaina Leite o músico Fepa, discutindo os meandros de sua relação amorosa e o processo de separação do casal.
Helmuth Wagner – Alma da Imagem (co-direção de Ingrid Wagner) (2009, 50min.)Radicado em Curitiba desde a infância, o fotógrafo catarinense Helmuth Wagner (1924-1988) deixou um extraordinário legado fotográfico sobre a natureza, a cultura e o povo do Paraná. Unindo perfeição e inovação técnica a um grande domínio da expressão artística, suas fotos influenciaram várias gerações de fotógrafos e lhe valeram inúmeras premiações nacionais e internacionais.
Convidado: João Urban (fotógrafo)
Serviço:
Mostra Documentários de Fernando Severo
Data e horário: 05, 19 e 26 de outubro às 17h30
Local: Museu Guido Viaro – Rua XV de Novembro, 1348
Classificação indicativa: 12 anos
Entrada franca
O Severo tem uma obra bissexta. Precisa correr mais e buscar um trabalho duradora e instigante.
Linda essa imagem. Vou comparecer no evento para conhecer.