O senador paranaense de primeiro mandato escolheu uma maneira perigosa para se manter em evidência no Paraná e no Brasil, o confronto direto com a classe política, mas essa tática pode ser suicida para o futuro político de Sergio Moro, eleito com o voto de opinião, com pretensões disputar a sucessão do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD), na eleição de 2026, e sem garantia de se eleger apenas com os insatisfeitos.
Somente nesta semana, Sergio Moro se encrencou com Ney Leprevost (UB), Alexandre Leprevost (UB) e Ademar Traiano (PSD).
Mas anteriormente teve tretas com o deputado estadual Do Carmo (UB), que não saiu candidato a prefeito em Maringá devido ameaças de que ele não teria recursos do fundo eleitoral para a campanha, em uma articulação de Sergio Moro junto a Executiva Nacional, e com o vereador e futuro deputado estadual pelo PL, Jairo Tamura, que também não se viabilizou à sucessão de Marcelo Belinati, em Londrina, para o União Brasil ter outra candidatura, não viabilizada pela fraqueza do aliado do senador.
O sucessor de Jairo Tamura na presidência da municipal da segunda maior cidade do Paraná foi um desastre, André Trindade não conseguiu montar uma chapa decente para a Câmara Municipal de Londrina e o União Brasil não tem nenhum vereador eleito para a legislatura 2025/2028.
Em Maringá, como Do Carmo bancou a chapa, o União Brasil elegeu dois vereadores, quando a projeção de que com ele como candidato, a legenda faria quatro cadeiras na Câmara Municipal.
Antes ainda, Sergio Moro se movimentou em Brasília para tentar tirar a presidência da Executiva Estadual do União Brasil das mãos de Felipe Francischini, para que ele assumisse no lugar, isso não se concretizou porque o deputado federal em segundo mandato foi eleito no voto, na convenção estadual, se o diretório da sigla no Paraná fosse uma provisória, o senador teria atingido o objetivo.
Sergio Moro ainda articulou com deputados federais do União Brasil, mas ele não obteve apoio dos outros três representantes na Câmara Federal, Delegado Layola, Geraldo Mendes e Nelsinho Padovani.
Isso demonstra o isolamento político de Sergio Moro com os atuais integrantes do União Brasil, a qualquer momento sobrará para alguém, ou para o senador ou para os deputados.