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terça-feira, dezembro 17, 2024
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Quais são as verdades de Cristina Graeml?

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A candidata do PMB (partido que oscila da esquerda em São Paulo para a extrema direita em Curitiba) anteriormente dizia que Eduardo Pimentel (PSD) era de esquerda, algo que não se sustentou, e agora Cristina Graeml (PSD) assume não ter falado a verdade ao postar nas redes sociais uma matéria do portal Metrópoles onde o título coloca ser ela mais de direita do que o adversário na eleição de segundo turno em Curitiba.

Mas porque essa ansiedade de Cristina Graeml em colocar um carimbo de ser a candidata da direita radical na capital do Paraná?

Certamente é a herança de uma classe adormecida há anos, após a chegada de ex-Jair Bolsonaro (PL) ao poder os brasileiros saíram do armário e passaram a se posicionar politicamente, pessoas que passavam despercebidos acordaram da necessidade de se manifestar, Cristina Graeml está usando esse grupo de manobra para tentar chegar ao poder da Prefeitura de Curitiba.

O problema é que para chegar ao Palácio 29 de Março ele renegou o passado como jornalista e passou a processar todos que falaram do passado do vice Jairo Ferreira Filho (PMB) e como ele chegou a ser um empresário de sucesso, claro, por maneiras nada republicanas e com um passado que certamente figuraria nos programas do “Califa” e do Alborghetti.

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1 COMENTÁRIO

  1. Vamos derrotar o sistema!
    Quem não tem memória de pombo recorda perfeitamente que em 2016, último ano de Gustavo Fruet na prefeitura, a situação de Curitiba era caótica: a manutenção urbana tornara-se inexistente, havia mato e buracos por todas as ruas e avenidas da capital. Postos de saúde e UPA’s trabalhavam praticamente sem medicamentos, insumos e materiais, pois os fornecedores, há meses sem receber, haviam suspendido a entrega dos produtos. Contratos de manutenção, limpeza, transporte, locações, telefones, dentre outros, todos com pagamentos em atraso, indicavam o estado pré-falimentar em que o município se encontrava. Mais um pouco, muito pouco mesmo, e não haveria dinheiro para pagar os servidores, uma vez que a quantia suficiente à cobertura da folha de pagamento era obtida mensalmente “aos quarenta e cinco do segundo tempo”, isto é, no dia que antecedia o crédito em conta aos servidores.
    Nesse cenário dramático, começou em janeiro de 2017 a gestão Greca/Eduardo, os quais receberam uma cidade degradada, falida e devendo R$ 2,00 bilhões de reais na praça. Apesar de todos os problemas conhecidos, que somavam-se a outros que surgiam à medida que gavetas eram abertas, a nova gestão fez das tripas coração, elaborou e implementou um plano de recuperação econômica, dialogou com credores, foi quitando gradativamente as pendências, até que depois de meses e meses de árduo trabalho, as finanças do município foram saneadas, os trabalhos realizados, as demandas atendidas, e Curitiba retornou à superfície da normalidade.
    Entretanto, quando tudo parecia que a embarcação singraria mares pacíficos dali em diante, eis que surge o iceberg da pandemia, ceifando milhares de vidas, provocando o colapso social e econômico que todos nós tristemente vivenciamos.
    Mais uma vez a prefeitura precisou planejar, agir e buscar alternativas. Preservar os sadios, atender aos enfermos, abrir vagas para internação, distribuir as vacinas, tudo isso foi feito durante o contexto de isolamento social. Felizmente, depois de meses de combate, surgiu a luz no fim do túnel e a vida gradativamente foi retornando à normalidade.
    O tempo passou e, mais rápido do que se supunha, chegamos às eleições municipais, onde um pseudo-fenômeno chamado Cristina Graeml, extremista defensora de pautas eminentemente bolsonaristas, com um discurso radical e pouco vinculado às atribuições de uma prefeitura, obteve uma votação expressiva, utilizando o mote de “derrotar o sistema”.
    Mas, aqui entre nós, que “sistema” é esse, que a candidata propõe derrotar?
    Será que tudo que foi feito nesses últimos oito anos por Greca e Eduardo não é digno de nota, admiração, respeito e agradecimento?
    Então devemos retribuir ao bem que foi feito por essa gestão com um ingrato voto numa pessoa que já anunciou (ou ameaçou) que, sendo eleita, colocará na Secretaria da Saúde do Município uma médica que defende com unhas e dentes a cloroquina e a invermectina no tratamento à Covid-19?
    Vamos ignorar a recuperação que experimentamos para retornar ao obscurantismo do século XVI?
    É oportuno que esses rebeldes sem causa, com alguns sintomas de esquizofrenia (distúrbio que afeta a capacidade da pessoa de pensar, sentir e se comportar com clareza) parem de agir com radicalismo e reflitam no futuro que desejam, para si e para seus amigos e familiares.
    A ânsia de “derrotar o sistema” pode representar, no caso de Curitiba eleger alguém com ideias lunáticas, a iniciativa de dar tiros nos próprios pés.
    E então, em que caminho direcionaremos nossa cidade? No do diálogo, equilíbrio e entendimento, ou optaremos pela incerteza da polarização, do ódio e do discurso vazio?

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