O Paraná liderou o crescimento da atividade industrial no Brasil em julho, com uma alta de 14,1% em comparação ao mesmo mês de 2023, segundo a Pesquisa Industrial Mensal (PIM) Regional, divulgada pelo IBGE, o melhor resultado da indústria paranaense nos últimos 14 anos, superado apenas pelo aumento de 23,7% registrado em 2010.
Esse avanço expressivo da indústria paranaense foi mais que o dobro da média nacional, que cresceu 6,1% no mesmo período. O Amazonas (12%) e Santa Catarina (11,8%) completaram as primeiras posições. Por outro lado, estados como Mato Grosso do Sul (-1,6%), Maranhão (-1,9%) e Mato Grosso (-2,2%) apresentaram quedas no período.
Na passagem de junho para julho, o Paraná manteve seu bom desempenho, registrando o terceiro maior crescimento do País, com 4,4%. Apenas o Amazonas (6,9%) e o Espírito Santo (5,8%) tiveram resultados superiores. No cenário nacional, no entanto, a média foi de queda, com recuo de -1,4%, impactada por estados como São Paulo (-1,8%), Bahia (-2,3%) e Pará (-3,8%).
No acumulado de janeiro a julho de 2024, a indústria do Paraná cresceu 3,2%, igualando-se à média nacional. Entre os estados da Região Sul, o Paraná ficou em segundo lugar, atrás de Santa Catarina (6,5%), enquanto o Rio Grande do Sul apresentou uma leve alta de 0,4%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o Paraná teve o quinto melhor desempenho do Brasil, com crescimento de 5,1%, empatado com Mato Grosso e acima da média nacional de 2,2%. Entre os estados do Sul, o Paraná superou Santa Catarina (4,8%) e Rio Grande do Sul, que teve retração de -1,2%.
A pesquisa do IBGE também destacou que o índice de média móvel trimestral da indústria paranaense registrou o segundo maior avanço do País, com 2,1% no trimestre encerrado em julho de 2024, acima da variação nacional de 0,4%. Além do Paraná, Pará (6,1%), Minas Gerais (0,7%), Santa Catarina (0,7%) e a Região Nordeste (0,6%) apresentaram aumentos expressivos.
Entre os setores que impulsionaram o crescimento da indústria paranaense em julho, destacam-se a fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias, com alta de 85,5%, seguida por máquinas, aparelhos e materiais elétricos (38,6%), móveis (36,1%) e produtos de madeira (15,1%). A indústria de transformação (14,1%) e a fabricação de bebidas (13,6%) também registraram desempenhos positivos.
No acumulado dos últimos 12 meses, as principais indústrias responsáveis pelo avanço de 5,1% foram a de derivados de petróleo (20,4%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (14,2%) e produtos de madeira (14,1%).
Já o acumulado de janeiro a julho, as fabricações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (30,9%), de produtos de madeira (13,2%), de móveis (11,6%) e de bebidas (11,8%) foram responsáveis pelo aumento de 3,2% no período.
BRASIL — A indústria brasileira registrou queda de -1,4% na passagem entre o mês de junho e julho de 2024. No comparativo entre julho de 2024 e julho de 2023, no entanto, cresceu 6,1%, enquanto que no acumulado do ano registrou crescimento de 3,2% e nos últimos 12 meses, 2,2%.
Os dados completos da Pesquisa Industrial Mensal Regional estão no sistema Sidra, do IBGE.
