O prefeito de Cascavel, Leonaldo Paranhos, será chamado pela Comissão Externa que investiga o acidente com a Voepass Linhas Aéreas para fornecer detalhes sobre as operações da companhia aérea no Aeroporto de Cascavel. O acidente, ocorrido há 17 dias, envolveu um voo da Voepass que saiu de Cascavel e caiu em Vinhedo (SP), resultando na morte de todos os 62 passageiros e tripulantes a bordo.
Uma denúncia anônima, enviada ao Ministério Público do Paraná em 26 de agosto, acusa a Voepass de operar de forma irregular no Aeroporto de Cascavel. A denúncia também aponta a Transitar, autarquia municipal responsável pela administração do aeroporto, como possível envolvida em um crime de responsabilidade. Em resposta, o presidente da Comissão, deputado Bruno Ganem, pediu a convocação de Leonaldo Paranhos, com o apoio do relator da investigação, o deputado federal Nelsinho Padovani (União Brasil).
A denúncia afirma que a Voepass realizou operações no aeroporto sem um contrato administrativo válido entre 31 de março e 18 de junho de 2024, período que antecedeu o trágico acidente de 9 de agosto. Além disso, a denúncia sugere a possível participação de funcionários públicos e diretores da Voepass em crimes de responsabilidade, o que levanta preocupações adicionais sobre a legalidade e a segurança das operações da companhia aérea no município.
A convocação de Leonaldo Paranhos busca esclarecer as circunstâncias e as autorizações que permitiram as operações da Voepass em Cascavel, assim como a atuação da Transitar nesse contexto. A comissão pretende garantir que todos os fatos sejam investigados a fundo para determinar se houve negligência ou irregularidades que possam ter contribuído para o acidente.
Os documentos apresentados na denúncia sugerem que a Passaredo Transportes Aéreos, agora Voepass, operou no Aeroporto de Cascavel sem um contrato administrativo válido entre 31 de março e 18 de junho de 2024, período que antecedeu o acidente de 9 de agosto. Durante esse tempo, a empresa aparentemente não tinha autorização formal para utilizar as instalações do aeroporto, o que levanta preocupações sobre a legalidade dessas operações.
A denúncia destaca a validade questionável de um documento incluído no início do processo administrativo que visava autorizar a operação da empresa. Em 1º de abril de 2024, uma minuta de Termo de Ajuste de Conduta (TAC) foi anexada ao processo sem as assinaturas necessárias das partes envolvidas, tornando o documento inválido. Além disso, o TAC apresentava apenas o ano de 2023, sem uma data específica, o que gerou suspeitas sobre a autenticidade e a conformidade do procedimento.
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