sábado, setembro 7, 2024
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InícioPolítica CuritibaSergio Moro antecipa guerra pelo controle do União Brasil do Paraná

Sergio Moro antecipa guerra pelo controle do União Brasil do Paraná

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O senador paranaense se livrou do processo de cassação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) movido pelo PT e pelo PL, mas agora Sergio Moro está em campo para tentar tomar a presidência do União Brasil das mãos do deputado federal Felipe Francischini, que em 2022 montou uma chapa para eleger sete deputados estaduais e quatro federais, e de outros deputados estaduais que comandam executivas municipais.

O primeiro movimento de Sergio Moro foi pedir a dissolução imediata ou em algum período do futuro de 24 diretórios municipais, cinco em cidades com segundo turno: Curitiba, Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Foz do Iguaçu, Guarapuava, Araucária, Toledo, Paranaguá, Apucarana, Arapongas, Umuarama, Francisco Beltrão, Paranavaí, Pato Branco, Palmas, Santo Antonio da Platina, Guaratuba, Matinhos, Guaíra, Bandeirantes, Chopinzinho, Clevelândia e Manoel Ribas.

Até ontem ele tinha sido atendido em apenas três, Londrina foi tirada do vereador Jairo Tamura e entregue para o prefeiturável André Trindade; a executiva de Francisco Beltrão foi dada para Irineu Miller para apoiar a candidatura a prefeito Antonio Pedro (MDB); em Foz do Iguaçu, o candidato à sucessão de Chico Brasileiro (PSD), Zé Elias, foi reconduzido à presidência.

Em Maringá, Sergio Moro não conseguiu tirar a presidência do deputado estadual Do Carmo, ontem, ele foi confirmado pela convenção do União Brasil como candidato à prefeitura.

Na justificativa do pedido para dissolução das 24 executivas, Sergio Moro alegou ao presidente nacional do União Brasil, Antonio Rueda, e ao vice, ACM Neto, que Felipe Francischini estaria praticando “centralização arbitrária das decisões políticas do Paraná, alijando não só ele, mas a maioria dos filiados, inclusive deputados federais e estaduais, das necessárias discussões políticas.”

No mês passado, Sergio Moro conversou com deputados federais para pedir apoio para mudar o comando do partido e iniciou uma queda de braço com Felipe Francischini que tem mandato até 2027.

A maioria dos deputados federais não deu bola ao pedido, já que eles se sentem contemplados com a atual divisão de forças no comando do União Brasil.

Entre os deputados estaduais, apenas Luiz Fernando Guerra faz parte do grupo de Sergio Moro, os demais não se posicionaram, nem o presidente da municipal de Curitiba, Ney Leprevost, pode se afirmar ser um morista de carteirinha.

Há algumas semanas, Ney Leprevost e Sergio Moro tiveram uma reunião a porta fechadas, em Curitiba, e ambos se negaram a comentar o assunto para o Blog do Tupan, a conversa pode ter girado em torno de Felipe Francischini e do futuro do União Brasil no Paraná.

A antecipação da guerra pelo comando do partido, pode tirar o fôlego do União Brasil para a eleição municipal de seis de outubro de 2024, principalmente nas cidades em que Sergio Moro espera indicar os comandos.

Em Curitiba e em Maringá tudo parece estar caminhando normalmente, mesmo com a guerrinha pelo poder iniciada por Sergio Moro, Ney Leprevost projeta eleger até sete vereadores na capital e Do Carmo, até quatro, na cidade canção.

Em Londrina, uma reunião de André Trindade com os futuros candidatos do União Brasil na semana passada, segundo informações do jornalista Claudio Osti, havia meia dúzia de gatos pingados, um sinal de que a chapa para a Câmara de Vereadores de Londrina pode estar implodindo.

Em Ponta Grossa, a prefeita Elizabeth Schmidt se filiou a legenda para ficar com o partido e mesmo assim o senador paranaense quer em algum momento colocar alguém chegado na principal cidade dos Campos Gerais.

A impaciência injustificada de Sergio Moro foi um erro político e em um momento errado, às vésperas das eleições de outubro.

Se o senador paranaense tivesse o dom para a política, já que é um forte candidato para o governo do Paraná, em 2026, teria esperado passar o período eleitoral que provavelemente iria conseguir indicar a maioria dos presidentes das executivas municipais.

Mas como antecipação, abriu um duelo desnecessário e expôs uma fome de poder a qualquer custo.   

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