Rafael Greca continua querendo impor Marilza Dias

A favorita do prefeito é uma beleza, mas na prática é uma tristeza

Nos últimos dias, é impossível ignorar a insistência de Rafael Greca (PSD) em promover Marilza Dias (Rep), ex-secretária de Meio Ambiente, para o cargo de vice-prefeita de Curitiba.

Apesar de estar licenciada, Marilza Dias tem aproveitado os eventos da máquina pública para se fazer conhecida e alcançar a posição de vice de Eduardo Pimentel (PSD).

A escolha inicial de Rafael Greca era Luiz Fernando de Souza Jamur, mas devido à forte rejeição interna, principalmente do protegido Luquinha Mavarro, ele agora aposta em Marilza Dias, responsável pelo contrato de resíduos sólidos da cidade.  

A gestão de Marilza Dias no Meio Ambiente é um verdadeiro fracasso. Apesar dos discursos bonitos sobre sustentabilidade e combate às emissões de carbono, na prática, a administração dela perpetua o antiquado modelo de processamento de lixo por aterro sanitário.

Em vez de investir em soluções modernas, como usinas de produção de energia a partir do lixo, Marilza Dias mantém um sistema arcaico e prejudicial ao meio ambiente.

O lixo de Curitiba é transportado para Fazenda Rio Grande, onde é depositado em um aterro operado pelo mesmo grupo responsável pelo transporte do lixo, um contrato bilionário que poderia ser muito melhor aproveitado.  

Sete anos de omissão da gestão Rafael Greca

O discurso de Marilza Dias na entrega dos ônibus elétricos, destacando a necessidade de reduzir as emissões de carbono, soa hipócrita diante de sua inação na gestão de resíduos.

O fracasso dela em promover mudanças significativas na destinação do lixo urbano é uma mancha na carreira.

A proposta de Rafael Greca de construir uma grande pirâmide solar em cima do aterro sanitário, apelidada de “Gizé de Greca”, é apenas uma tentativa de desviar a atenção da verdadeira questão: a gestão desastrosa do lixo em Curitiba.  

Além disso, a presença de Marilza na campanha de Eduardo Pimentel não traz nenhum benefício.

O discurso é ineficaz e se assemelha ao da esquerdista Marina Silva (PV), caracterizado por promessas vazias e de pouca ou quase nenhuma ação.

Marilza Dias, ao usar a máquina pública de Rafael Greca, se torna um alvo fácil para críticas e pode acabar fortalecendo os argumentos dos concorrentes ao cargo de prefeito, como Ney Leprevost (UB), Luciano Ducci (PSB), Roberto Requião (Mobiliza), Beto Richa (PSDB) e Cristina Graeml (PMB), que têm se destacado no uso das mídias sociais.  

Um exemplo claro de apropriação indevida por parte de Marilza Dias foi a tentativa de capitalizar em eventos promovidos pela Urbs – Urbanização de Curitiba S/A, a empresa responsável pela gestão do transporte coletivo na cidade.

A Urbs, com apoio de Luiz Fernando Jamur no IPPUC, tem promovido intensas pesquisas para melhorar o transporte público sobre pneus.

Marilza Dias, porém, tenta associar-se a esses esforços para mascarar sua própria incompetência.

Para piorar, a eventual escolha de Marilza Dias como vice-prefeita daria um viés esquerdista à campanha do PSD, traindo a base conservadora aliada ao ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Isso poderia supostamente abrir espaço para a candidatura de Paulo Martins (PL), apoiada por Jair Bolsonaro, resultando em uma possível reviravolta nas eleições de Curitiba, uma cidade com um eleitorado nitidamente conservador.

Por exemplo uma aliança entre Paulo Martins e Cristina Graeml poderia fortalecer ainda mais a candidatura de viés conservador, oferecendo uma alternativa robusta e alinhada aos valores dos eleitores curitibanos.

Em suma, a insistência em Marilza Dias revela a falta de visão e de compromisso com a verdadeira mudança que Curitiba tanto necessita.