domingo, junho 30, 2024
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Safra no Paraná será menor devido a efeitos climáticos

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A colheita da segunda safra de milho 2023/24 no Paraná avançou significativamente na última semana, alcançando 42% da área estimada em 2,42 milhões de hectares. No entanto, a Previsão Subjetiva de Safra de junho, divulgada pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, revelou uma nova redução na estimativa de produção. A previsão caiu de 13,2 milhões de toneladas, feitas em maio, para 12,9 milhões de toneladas.

Em comparação com a projeção inicial do ano passado, a estimativa atual representa uma queda de 1,8 milhão de toneladas. “É provável que haja uma nova redução até o fim da safra, embora ainda não seja possível quantificar,” acrescentou Edmar Gervásio,.

A colheita está mais avançada nas regiões Oeste, Centro-Oeste e Noroeste do Paraná, onde já se aproxima de 70%. No Norte do Estado, que tem a maior área plantada de milho de segunda safra com 918 mil hectares, apenas cerca de 10% da colheita foi concluída até agora. Apesar disso, a média estadual de 42% colhidos é a maior já registrada historicamente.

FEIJÃO – A colheita do feijão também está chegando ao fim, com uma expectativa de produção de 662 mil toneladas nesta segunda safra. “Foi uma safra muito boa, significativamente maior que a do ano passado, que foi de 480,5 mil toneladas,” afirmou o engenheiro agrônomo Carlos Hugo Godinho. O aumento de produção foi impulsionado principalmente pela expansão da área plantada, que cresceu 40%, passando de 295 mil para 413 mil hectares. Esse aumento na oferta está mantendo os preços baixos, embora ainda razoavelmente remuneradores para os produtores.

TRIGO – Principal cultura de inverno no Paraná, o trigo já está semeado em 94% dos 1,15 milhão de hectares, faltando apenas o plantio nas regiões mais frias do Estado.

Nas regiões da metade do Estado em direção ao Norte está mais difícil. “Há situação de 30 dias sem chuva, prometendo chegar a 45 dias”, constatou o analista. “Nessa região, para os primeiros trigos que começaram a ser plantados em abril, está complicado, e deve ter algum reflexo de perdas”. No geral, a previsão de produção para o Estado é de 3,8 milhões de toneladas, 5% acima dos 3,6 milhões do ciclo anterior.

OLERICULTURA – No setor de olericultura, as principais culturas neste período no Paraná são a batata, o tomate e a cebola. “As três safras que estão sendo colhidas agora sofreram a influência do clima, as chuvas da primavera e verão, e o calor excessivo em fevereiro”, salientou o engenheiro agrônomo Paulo Andrade, analista do setor no Deral.

A estimativa é que a batata tenha perda entre 15% e 20% no fechamento da segunda safra, que atualmente tem previsão de 302 mil toneladas, uma redução de 10% sobre as 334,5 mil toneladas da safra anterior. A área colhida, que estava em 49% dos 10,5 mil hectares há quatro semanas, alcançou agora 82%.

O tomate primeira safra está com os 2,5 mil hectares praticamente todo colhido, com expectativa de se colher 146 mil toneladas. O produto de segunda safra deve ocupar 1,7 mil hectares, com 96% já plantados. A colheita também avança, com 77% já retirado do campo.

A nova safra de cebola está começando, e o produtor tem expectativa de se manter o preço do último ciclo. “A análise do produtor é em relação ao preço bom do ano passado, que ainda está replicando”, ponderou Andrade. Se isso se efetivar, a tendência é que haja excesso de cebola. Em torno de 50% da área paranaense de 2,7 mil hectares dedicada ao produto já está plantada, com possibilidade de se colher 89 mil toneladas.

BOLETIM – O Deral também divulgou nesta quinta-feira o Boletim de Conjuntura Agropecuária referente à semana de 21 a 27 de junho. Além dos produtos acima, o documento analisa a exportação do complexo soja que atingiu 7 milhões de toneladas nos primeiros cinco meses de 2024. O montante financeiro chegou a US$ 3,2 bilhões.

O comércio da arroba do boi gordo também é assunto do boletim, que destaca pouca alteração nos preços e lentidão nos negócios no Paraná mesmo em época de entressafra. Já as exportações brasileiras de carne bovina bateram recorde no último mês, com 239,5 mil toneladas ao preço de US$ 1,05 bilhão.

Sobre os suínos, a análise discorre no crescimento de 371% na produção de carne em abatedouros com chancela do Serviço de Inspeção do Paraná (SIP) na última década. Em 2013 foram 34 mil toneladas, enquanto no ano passado alcançou 161 mil toneladas. Somente no primeiro trimestre deste ano foram produzidas 37 mil toneladas, superando todo o ano de 2013.

A produção de ovos também é abordada pelo documento, a partir da Pesquisa Trimestral de Produção de Ovos, feita pelo IBGE. O Brasil produziu quase 1,1 bilhão de dúzias no primeiro trimestre. O Paraná, com 111,2 milhões de dúzias, é o segundo colocado, atrás de São Paulo, que produziu 290 milhões de dúzias.

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