As convenções partidárias começam a rolar na segunda quinzena de julho, provavelmente até o dia de 30 de julho o curitibano terá um desenho, mesmo preliminar, do mapa de como funcionarão as alianças para o dia seis de outubro de 2024, seis grupos principais e dois em gestação estarão travando a queda de braço para a sucessão da atual administração em Curitiba, são eles: o do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e do vice-prefeito Eduardo Pimentel (PSD); o do prefeito Rafael Greca (PSD) com pretensões para o Palácio Iguaçu em 2026; o do deputado federal licenciado Ricardo Barros (PP), também de olho na próxima disputa estadual; o do deputado federal Beto Richa (PSDB), buscando recuperar espaço na política paranaense; o de Gleisi Hoffmann (PT), focando a próxima eleição ao Senado, em 2026; o do deputado estadual Goura Narataj (PDT), desejando upgrade para deputado federal; o do ex-candidato ao governo do Paraná, Roberto Requião (Mobiliza), louco para acabar com a festa do antigo partido, e o do deputado estadual Ney Leprevost (UB), que inclui o senador Sergio Moro (UB) e o deputado federal Felipe Francischini (UB).
Dependendo da escolha do vice-prefeito Eduardo Pimentel para somar na chapa da majoritária haverão acomodações nas correlações de forças, provocando alianças improváveis neste período de pré-campanha.
O certo é que Eduardo Pimentel tem o melhor leque de opções para a disputa de 2024, o maior grupo está fechado com o PL de Paulo Martins, com o MDB de Anibelli Neto, com o Republicanos de Marcelo Almeida, com o Podemos de Denian Couto, com o PRD de Ricardo Franco e o Novo, de Deltan Dallagnol.
O prefeito Rafael Greca tem alianças fracas, no momento não pertence a nenhum, faz de conta que é de todos e nem tem partido na mão, tenta emplacar um vice na chapa de Eduardo Pimentel que seja aliado dele, mas depende dos interesses de outros para conseguir algo em 2026, mas tem namoro sério com o PSB, sigla de esquerda de Luciano Ducci, e a legenda do “centrão”, o Progressistas, de Ricardo Barros que está sempre buscando se encaixar no poder.
Ricardo Barros está tentando construir um grupo forte para 2026 e espera a movimentação de Eduardo Pimentel para lançar ou não a deputada estadual Maria Victoria (PP) à Prefeitura de Curitiba pelo Progressistas aliada com algum candidato, mas vem se dedicando para conquistar Maringá, Londrina, Cascavel, Campo Largo e Foz do Iguaçu para usar de base.
A deputada federal do PT Gleisi Hoffmann vem trabalhando 2024 para buscar competividade na eleição ao Senado Federal em 2026, quando duas vagas estarão em jogo, aposta em uma frente progressista de esquerda, tendo o nome de Luciano Ducci, do PSB, na disputa pela chave do Palácio 29 de Março e tenta atrair o PDT de Goura Narataj, além da Rede e do Psol.
Em situações frágeis no momento estão o PSDB, o PDT e o Mobiliza, o primeiro com Beto Richa que perdeu a estrela após ter sido derrotado nas urnas para o Senado Federal há seis anos, tendo integrantes do grupo que ele formou entre 2005 a 2018 se acomodado em outros e hoje restam minguados aliados; o segundo tendo Goura Narataj tentando salvar o partido, projetando dias melhores em 2026 e o terceiro, com o ex-senador Roberto Requião, recém filiado, buscando espaço, tendo como missão de vida, evitar o crescimento de Gleisi Hoffmann, que o teria largado após as eleições de 2022.
Finalmente, o último grupo que busca a sucessão de Rafael Greca é o do União Brasil, que tem Ney Leprevost buscando protagonismo, com apoio do presidente nacional da sigla, Antonio Rueda, do presidente da estadual do partido no Paraná, Felipe Francischini, e do senador Sergio Moro, querendo disputar a sucessão do governador Ratinho Junior em 2026 e precisando consolidar uma base eleitoral em Curitiba.
