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sábado, dezembro 21, 2024
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Economia Verde do Paraná alcança R$ 140 bilhões e já representa 32,9% do PIB

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O Governo do Estado lançou dois estudos importantes desenvolvidos pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes), focados na construção de indicadores econômicos: o PIB da Economia Verde Paranaense e a atualização da Matriz Insumo-Produto do Paraná (MIP).

O PIB da Economia Verde Paranaense destaca a representatividade econômica desse setor produtivo, indo além de sua importância em termos de sustentabilidade. Segundo o relatório, cerca de um terço do PIB estadual total (32,9%) está relacionado à Economia Verde, totalizando R$ 140,1 bilhões em 2020. As áreas que mais contribuíram para esse valor incluem a Agropecuária (40%, ou R$ 56 bilhões), seguida pelo setor de Serviços (37%, ou R$ 51 bilhões) e pela Indústria (23%, ou R$ 32 bilhões).

A condição favorável do setor primário (agricultura) é atribuída à ausência de atividades prejudiciais reconhecidas na estrutura produtiva, como extração de madeira em florestas nativas, caça de animais e retirada de vegetação natural para produção de carvão ou coleta de palmito não cultivado. No setor de Serviços, destacam-se atividades aderentes à Economia Verde, como transporte, armazenagem, correio e administração pública. O desafio maior é na Indústria, especialmente devido ao refino de petróleo e fabricação de automóveis.

Outro aspecto positivo é que os Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUPs), como geração de energia elétrica e saneamento, estão integralmente incorporados à Economia Verde, refletindo o uso de fontes renováveis e os benefícios sociais, incluindo questões de saúde da população.

A Economia Verde é um modelo econômico que visa melhorar o bem-estar da população, reduzindo riscos ambientais e promovendo o uso racional de recursos naturais. As ações propostas incluem mitigação de danos ambientais e medidas para amenizar os impactos das mudanças climáticas.

Essa discussão é uma tendência mundial, abrangendo sustentabilidade, transição energética, clima, segurança alimentar e descarbonização das cadeias, áreas em que o Paraná se destaca em relação a outros estados e países, avançando continuamente.

“O Paraná foi reconhecido, por três vezes consecutivas, como o Estado mais sustentável do Brasil e está bem posicionado naqueles grandes atributos verdes. Temos que gerar agora um ambiente favorável para que as empresas possam se capitalizar dessa realidade”, disse o secretário de Planejamento, Guto Silva.

Ele explicou que ao focar no PIB da Economia Verde, será possível impulsionar novos empreendimentos e envolver empresas e entidades nesse diálogo. “Isso é fundamental para uma visão de longo prazo, permitindo ao Paraná criar empregos, aumentar sua renda e, principalmente, aproveitar essa tendência verde, que está cada vez mais em destaque globalmente”, acrescentou.

Os dados foram obtidos a partir do cálculo detalhado do PIB do Estado, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em colaboração com o Ipardes, e com a seleção de atividades definida pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), respaldada por várias pesquisas de entidades internacionais.

MATRIZ INSUMO-PRODUTO – A Matriz de Insumo-Produto do Paraná avalia os impactos de intervenções públicas ou privadas na economia local (produção, emprego e renda) das atividades econômicas, de projetos governamentais e do setor privado em uma região específica. O relatório tem como ano base 2018.

A mensuração dos efeitos socioeconômicos de obras de infraestrutura ou da implementação de grandes empreendimentos produtivos é um exemplo do uso da MIP, que também pode embasar o desenho de políticas de desenvolvimento. A análise setorial por meio da MIP permite identificar os setores predominantes em várias perspectivas, como geração de renda e emprego, inter-relações setoriais, multiplicadores de valor adicionado e de impostos, entre outros.

A MIP do Paraná foi construída com base na Tabela de Recursos e Usos (TRU) do Estado, que, por sua vez, utiliza informações obtidas por meio de Notas Fiscais Eletrônicas (NF-e) fornecidas pela Secretaria da Fazenda.

PRESENÇAS – Participaram do lançamento dos estudos os secretários estaduais da Indústria, Comércio e Serviços, Ricardo Barros; da Agricultura e Abastecimento, Norberto Ortigara; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Heraldo Neves; o diretor-presidente da Invest Paraná, Eduardo Bekin; o ex-governador e secretário do Codesul/PR, Orlando Pessuti, e representantes de entidades de setores produtivos.  

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