A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) realiza no dia 25 deste mês o leilão do primeiro lote da nova concessão rodoviária do Paraná. O destaque fica para a BR-277, ocupando 227,8 milhas do total de 473 milhas do Lote 1, com início no Parque Barigui em Curitiba, e indo até o entroncamento com a BR-373 próximo a Prudentópolis, local conhecido como Trevo do Relógio.
A rodovia federal terá 156,3 km de duplicação, com início no Trevo Sprea, em Balsa Nova, interseção em desnível no entroncamento com a BR-376, e segue até o Trevo do Relógio, passando por Palmeira e Irati. As obras devem iniciar já no terceiro ano do contrato, com duas frentes de trabalho, no km 164+700, trevo de acesso para Porto Amazonas, e no km 249, entroncamento com a Rua Ladslau Cgriczinski, acesso para Irati.
Serão executados também 151,26 quilômetros de faixas adicionais, com destaque para a ligação entre Campo Largo e o Contorno Leste de Curitiba, com novas faixas em ambos os sentidos da via, sendo uma de 14,20 km e a outra de 13,30 km.
Na variante da BR-277 em Balsa Nova, do entroncamento com a estrada de acesso à Cimento Itambé até São Luiz do Purunã, serão mais 8,4 km de faixa, e um outro trecho de 6,68 km até o Trevo da Sprea; no perímetro urbano de Curitiba serão outros 5,31 km, do Parque Barigui ao Contorno Leste; e em Campo Largo serão 5,6 km de faixa adicional no eixo principal e outros 2,16 km na no trecho de acesso à variante.
De novas vias marginais na BR-277 serão 14,06 km. São 3,11 km no perímetro urbano de Curitiba; 900 metros na altura do km 191, acesso para Papagaios Novos (distrito de Palmeira); e 2,3 km a partir do km 249, em Irati, entre outras.
VIADUTOS – Estão previstas quatro novas interseções em desnível do tipo trombeta, que conta com três ramos, sendo que um deles faz uma curva de 270º antes de se dividir. Será uma trombeta no acesso para a Colônia Witmarsum; uma no acesso para Porto Amazonas; uma no acesso para Prudentópolis; e a última no Trevo do Relógio.
Também serão executadas 27 interseções em desnível do tipo diamante, em que há uma saída e um acesso para a rodovia principal em ambos os sentidos, pela pista da direita. Os primeiros, já no terceiro ano do contrato, serão no km 166+800, logo após o trevo de Porto Amazonas; no km 172+300, entroncamento com a estrada de acesso para a Colônia Quero-Quero; no km 249+700 no perímetro urbano de Irati; no km 257+480; e outro no 262+200, ambos entre Irati e Prudentópolis.
Ainda será executado um viaduto no km 240+650, no trevo de acesso para Fernandes Pinheiro, e uma nova passarela em Curitiba, no km 4+730, próximo ao trevo do Contorno Leste. No caso do viaduto férreo que passa sobre a BR-277 próximo ao trevo de Porto Amazonas, a concessão prevê construção de uma nova estrutura, adequada à pista que será duplicada, com traçado variante da linha férrea.
E está prevista a regularização e adequação de 47 acessos ao longo do trecho concedido da BR-277, e cinco correções de traçado, sendo três delas na variante em Balsa Nova, e as outras duas em curvas próximas ao Trevo do Relógio, em Prudentópolis. Ainda no trecho da variante, está prevista uma área de escape no km 3+500.
Além de novas estruturas, também serão realizadas melhorias nos viadutos e trincheiras já existentes.
FAUNA – Visando reduzir o incidente com animais cruzando as pistas, estão previstas as implantações de passagens de fauna em seis trechos diferentes da BR-277. As estruturas ficarão entre o km 108 e km 111, ligação de Curitiba a Campo Largo; km 133 a km 138, em Campo Largo; km 154 ao km 155, próximo ao acesso à Colônia Witmarsum; do km 194 ao km 201 e do km 216 ao km 229, entre Palmeira e Irati; e do km 273 ao km 275, próximo ao acesso para Prudentópolis.
E para diminuir o impacto de acidente com veículos de carga líquida, serão construídas caixas de contenção de líquidos perigosos no cruzamento com 24 rios ao longo da BR-277.
LOTE – O edital prevê ainda obras e melhorias para as rodovias PR-423, PR-427 e BR-476 na Região Metropolitana de Curitiba, e para a BR-373, entre Ponta Grossa e o Trevo do Relógio. Devem ser investidos cerca de R$ 7,9 bilhões em obras da concessão de 473 quilômetros, ao longo dos primeiros anos de contrato.