* Pedro Paulo Guerreiro
A mobilidade é um desafio crescente nas sociedades contemporâneas. A exemplo do Brasil, as rodovias são as principais infraestruturas de transporte para a locomoção de pessoas e bens em muitos países, e a eficiência do tráfego é crucial para a economia e para o desenvolvimento sustentável.
A tecnologia free flow de fluxo livre promete melhorar o tráfego nas rodovias e trazer benefícios para os usuários com justiça tarifária e principalmente aos usuários e para a sociedade.
Este sistema de pedágio sem parada tem ganhado cada vez mais espaço nas rodovias do mundo todo, como no Chile e nos Estados Unidos.
No Brasil, muito timidamente, a primeira rodovia a iniciar os testes reais foi a BR-116/101/RJ/SP, em janeiro deste ano, sob a concessão da CCR RioSP. De acordo com a concessionária, os pórticos estão instalados em Paraty/Km 538; em Mangaratiba/Km 447; e em Itaguaí/Km 414, no trecho fluminense da BR-101 (Rio-Santos), aqui, ainda muito distantes um ponto do outro.
Pois bem, a tecnologia consiste em eliminar a necessidade de parar o veículo para realizar o pagamento do pedágio, o que resulta em uma maior fluidez do tráfego e em uma economia de tempo para os usuários.
Outra vantagem, é a possibilidade de adoção de sistemas de pagamento proporcional, que permitem ao usuário pagar somente pela distância percorrida na rodovia, aferição a cada 5/10 km, por exemplo. Isso sim pode resultar em uma redução de custos para os usuários e em um aumento da competitividade das concessionárias, que poderão, consequentemente, oferecer tarifas mais atraentes.
Além disso, o free flow possibilita a utilização de tecnologias avançadas, como o reconhecimento de placas e o uso de dispositivos eletrônicos (tags), tornando o processo mais eficiente e seguro.
Para as concessionárias, a adoção desse sistema também traz benefícios significativos. Permite uma maior precisão na cobrança de tarifas, além de reduzir os custos com a manutenção de praças de pedágio e de seus equipamentos.
Em resumo, a adoção do free flow e o uso de sistemas de pagamento proporcional trazem benefícios reais para usuários e concessionárias, tornando o tráfego mais fluido, seguro e econômico para todos.
* Pedro Paulo Guerreiro, advogado paranaense, especialista em concessões e PPPs
Bem isso mesmo. Tese excelente. Parabéns