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domingo, novembro 17, 2024
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Estado e municípios recebem R$ 112 milhões pela exploração mineral

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Governo do Estado e mais de 183 municípios paranaenses receberam no ano passado R$ 112,4 milhões por Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (CFEM) e royalties pela exploração de petróleo e gás. O valor é aproximadamente 130% superior ao arrecadado no ano anterior, quando o Paraná foi recompensado em R$ 48,5 milhões. Deste montante, R$ 14,68 milhões foram destinados ao governo estadual e R$ 97,77 milhões aos municípios.

O levantamento consta no primeiro Informe Mineral de 2023 produzido pelo Instituto Água e Terra (IAT), órgão vinculado à Secretaria de Estado do Desenvolvimento Sustentável (Sedest), divulgado hoje.

O montante é repassado ao governo para ações com caráter ambiental coordenado pelo IAT, aos municípios que possuem exploração de recursos minerais em seus territórios, e também aos municípios que são atingidos, de alguma maneira, pela atividade, como pelo transporte de carga ou pelo recebimento de rejeitos da mineração, entre outras ações. No caso das cidades, os recursos são destinados a projetos que revertam em benefício da comunidade local.

“Essa distribuição de recursos provenientes da mineração ajuda os municípios a administrar o dia a dia, colaborando com investimentos em diferentes áreas, um aumento para as prefeituras, especialmente nas cidades menores. No caso do Estado, garanto mais estrutura e apoio técnico para o setor”, afirmou o diretor de Gestão Territorial do IAT, Ricardo Serfas.

O Informe Mineral é emitido pela Divisão de Geologia do IAT. O documento apresenta dados sobre quais setores mais representam a exploração mineral no Estado, assim como os produtos que mais influenciam nestes valores no Paraná. “Buscamos dar publicidade e transparência a todos os nossos atos, por autoridade do governador Ratinho Junior. Por isso a importância deste boletim sobre a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais e royalties nos municípios do Paraná”, destacou o diretor.

No ano passado, o Estado do Paraná recebeu R$ 10,98 milhões de royalties pela exploração do xisto, petróleo e gás, e seus municípios outros R$ 82,97 milhões, totalizando R$ 93,95 milhões, um aumento de 218% em relação a 2021. See More

O expressivo crescimento pode ser explicado por decisões tomadas a Araucária e Guaratuba, potencializado pelo aumento no preço internacional do petróleo, referência para o estabelecimento do preço no Brasil.

Em novembro de 2021, os Terminais de Tancagem e Armazenamento de Petróleo de Araucária e de Guaratuba foram reconhecidos pela Justiça como instalações de embarque e desembarque para fins de distribuição de royalties. Desde então, além das parcelas de royalties normais, os municípios passaram a ter também o pagamento por produção marítima, em razão do titular de instalação de embarque e desembarque.

Araucária concentrou boa parte da arrecadação: R$ 68,46 milhões (82,5%). Nas sequências aparecem Guaratuba, R$ 10,15 milhões (12,2%), São Mateus do Sul, R$ 3,10 milhões (3,7%), Campo Largo, R$ 950 mil, e Pitanga, R$ 300 mil (0,4%).

Pitanga, na região Central do Paraná, foi uma novidade em 2022. O município recebeu royalties pela primeira vez, em função da exploração de gás natural no campo Barra Bonita, iniciada em julho do ano passado, que resultou em arrecadação de R$ 303.223, 18. A exploração é feita pela empresa Barra Bonita Óleo e Gás Ltda, que produziu 4.125.000 m3 de gás natural neste campo em 2022.

“A inclusão de Pitanga é a grande novidade deste informe. Mais uma fonte de arrecadação para ajudar no desenvolvimento da cidade”, disse Serfas.

A distribuição da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais no Paraná movimentou R$ 18,5 milhões no ano passado. Cerca de R$ 3,7 milhões (20%) ficaram com o IAT, o restante foi dividido por 183 municípios, distribuídos por todo o Estado, mas concentrados no entorno das grandes concentrações urbanas, principais demandantes de bens minerais produzidos – as 20 cidades que mais arrecadaram responderam por 72,16% do total.

Os seis principais municípios arrecadadores foram: Rio Branco do Sul, com R$ 4,3 milhões (16,21%); Campo Largo, com R$ 3,4 milhões (12,87%); Figueira, com R$ 1,7 milhão (6,6%), Almirante Tamandaré, com R$ 1,3 milhão (5,02%), Adrianópolis, com R$ 1,2 milhão (4,4%) e Cerro Azul, com R$ 910 mil (3,36%).

O recolhimento é originado de 498 empresas de mineração, em 1.106 títulos concedidos pela Agência Nacional de Mineração (ANM), que resultaram num Valor da Operação de Venda, correspondente ao Valor de Comercialização, de R$ 1,96 bilhão.

Entre as 30 principais empresas mineradoras que permaneceram na CFEM em 2022, destacam-se a Votorantim Cimentos S.A., que participou com 12,8% e a Cia de Cimento Itambé, com 7,44%.

O Paraná ocupa posição de destaque tanto na produção de rochas carbonáticas quanto na produção e no consumo dos seus principais produtos. Em 2022 foram comercializadas 21,09 milhões de toneladas de rochas carbonáticas no Estado, de acordo com a Agência Nacional de Mineração (ANM). De cimento, segundo o Sindicato Nacional da Indústria do Cimento (SNIC), o Paraná produziu 7,86 milhões de toneladas (11,9% do mercado nacional) e consumiu 4,78 milhões (7,4% do total do País).

Em relação ao corretivo agrícola, a Associação Brasileira dos Produtores de Calcário Agrícola (Abracal) concluiu que a produção foi de 8,12 milhões de toneladas (14,9% de participação nacional) e o consumo de 6,07 milhões (11,1% do País).

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