O deputado federal eleito pelo Paraná, o ex-procurador da Lava Jato Deltan Dallagnol (Pode) colocou nas redes sociais uma postagem mostrando preocupação dele com uma ministra ligada aos milícias cariocas, Daniela do Waguinho, a postagem é a seguinte:
Diferente dos dois casos de especialistas barrados no Governo por terem defendido a Lava Jato, Daniela não parece correr o risco de exoneração, assim como o Ministro da Integração condenado por desvio de dinheiro.
“Eu mesmo já fui massacrado injustamente. Sei o que você está passando. Aguente firme”, disse Lula, garantindo a ela que permanecerá no cargo.
Panos devidamente passados, a mensagem que fica é clara: no governo Lula, pode haver suspeita de que você esteja ligado à corrupção, mas não ao seu combate. Mas afinal, qual o histórico da ministra? Continue a leitura.
Na sua campanha para deputada em 2022 pelo Rio de Janeiro, a Ministra Daniela do Waguinho gastou mais de R$ 1 milhão do fundo eleitoral em duas gráficas que não existem em seus endereços declarados ao TSE, a Rubra Editora e a Printing Mídia, segundo o Metrópoles apurou. O dono de ambas é Filipe de Souza Pegado, que foi assessor no setor de contratos e convênios da Secretaria Municipal de Educação de Belford Roxo em 2021.
Ainda conforme a apuração, o endereço da Rubra Editora, registrado na Receita Federal, é um escritório de coworking em um prédio em Botafogo e serve apenas para receber correspondências. A gráfica nunca teve escritório físico no local. Já no endereço fiscal da Printing Mídia funciona um frigorífico de carnes.
A suspeita – a ser investigada – é de que as gráficas sejam fantasmas ou interpostas pessoas usadas para desvio de dinheiro público.
Mesmo sem ter sido identificado um local com o maquinário gráfico pela imprensa, a Prefeitura de Belford Roxo, em que a Ministra foi Secretária de Assistência Social e Cidadania e seu marido foi prefeito, pagou R$ 6,3 milhões para a Rubra Editora desde 2017, sendo R$ 2,1 milhões do Fundo de Educação Básica, segundo o Metrópoles. Lembre que é aquela mesma gráfica de propriedade do assessor sediada em escritório de coworking.
Além disso, a ministra tem ligação com o ex-PM Juracy Alves Prudêncio, apontado como chefe de uma milícia na Baixada Fluminense. O chefe do chamado “Bonde do Jura” foi condenado por homicídio, mas voltou para as ruas em junho de 2017 como assessor na Prefeitura de Belford Roxo. O emprego garantiu o benefício do trabalho fora da cadeia. Quem indicou como assessor um condenado por homicídio? Waguinho Carneiro, marido de Daniela.
Durante a campanha eleitoral de 2018, quando o ex-PM já estava condenado, Daniela publicou fotos ao seu lado, escrevendo: “agradecemos pela recepção das lideranças Geane e Jura, e pelo carinho de toda população local”.
A nomeação e permanência no cargo da Ministra prova que Lula e o PT nunca se preocuparam de verdade que autoridades estivessem ligadas a milícias do RJ. A relação com milícias era apenas um instrumento de ataque político.
Segundo apuração do UOL Notícias, em 2018 e em 2022, a campanha da Ministra foi acusada de ter empregado violência. Notícias apontam também que diversas pessoas que trabalharam na campanha de Daniela eram funcionárias do seu marido na prefeitura e seguiam recebendo pelo cargo público.
Em resumo, Daniela é uma luz vermelha que se acende para aqueles que possam ter acreditado, em algum momento, que o terceiro governo de Lula poderia esquecer as velhas práticas para unir o país.
Como dito por um antigo pensador, loucura é querer resultados diferentes fazendo tudo exatamente igual. E o que está posto até aqui é um replay exato do que o PT já fez ao Brasil.