Os armazéns da família, os restaurantes populares, as hortas comunitárias, a fazenda urbana, a mesa solidária, as feiras livres, o mercado municipal integram a série de projetos e programas que elevam Curitiba como modelo no país de política pública de segurança alimentar. A opinião é do deputado estadual Luiz Claudio Romanelli (PSD) que conversou nesta segunda-feira, 29, na hora do almoço, com servidores, colaboradores e voluntários da Secretaria Municipal de Segurança Alimentar e Nutricional.
“Curitiba é uma das poucas cidades e a única capital do país a ter uma política voltada ao combate à fome e a extrema pobreza. A segurança alimentar, os armazéns da família, as hortas comunitárias, os restaurantes populares e a mesa solidária fazem parte desse conjunto de programas neste momento tão difícil do país, onde mais de 33 milhões não têm as três refeições no dia”, disse Romanelli no encontro que reuniu os vereadores Mauro Ignácio (União Brasil) e Pier Petruzziello (PP), candidato a deputado federal; a diretora da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Sustentável e do Turismo, Fabiana Campos Romanelli; e do secretário da pasta, Luiz Damasio Gusi.
Compra Direta – Romanelli lembrou que atua na área desde 2011 quando comandou a Secretaria de Trabalho, Emprego e Economia Solidária e que construiu uma parceria com o governo PAA (Programa de Aquisição de Alimentos), o Compra Direta. “Em quatro anos, investimos R$ 90 milhões e atendemos três mil entidades e entre nove e dez mil agricultores”, disse o deputado que presidiu o Comsea (Conselho Nacional de Segurança Alimentar).
O Compra Direta, segundo Romanelli, tornou-se uma política pública e neste ano está investindo R$ 40 milhões na compra de alimentos da agricultura familiar para entrega direta a entidades socioassistenciais que atendem pessoas em situação de vulnerabilidade. ” O Compra Direta no Paraná apoia o associativismo e cooperativismo. É o principalcamin ho para fazer com que a agricultura familiar de fato se fortaleça”.
O deputado lembra ainda que em 2015, na época era líder do Governo na Assembleia, foi criado o fundo estadual de combate à pobreza (Fecope) que tem 12% dos seus recursos aplicados na área da segurança alimentar e nutricional. “Foram repassados R$ 30 milhões do fundo para a Secretaria de Agricultura tocar o programa e fazer convênios como o realizado em Curitiba”.
Cidade inteligente – O secretário Damázio Gusi detalhou a estrutura da pasta em Curitiba que conta com mais de 900 colaboradores, dos quais 350 são servidores concursados. “Esse pessoal comanda 35 armazéns da família – será entregue mais um na Vila Fanny – e dá suporte a outros 16 na região metropolitana, ou seja, são mais de 320 mil famílias beneficiadas pelo maior programa de acesso alimentar do país”
Gusi disse que Curitiba já tem cinco e vai instalar o sexto restaurante popular 100% sustentável. “Mais de 4,7 mil refeições a R$ 3 todos os dias. O Mesa Solidária, um dos programas que atende à população de extrema vulnerabilidade social com 900 refeições gratuitas por dia, e que reúne ainda mais de mil voluntários de 700 entidades e através desse programa criamos a Escola de Segurança Alimentar”.