O jornalista Aroldo Murá tocou na ferida da administração de Rafael Greca, a PPP da Iluminação Pública, segundo ele, em toque de caixa, foi publicado o edital para Contrato de Concessão Administrativa para prestação dos serviços de Iluminação Pública no Município de Curitiba, incluídas a modernização, eficientização, expansão, operação e manutenção da rede municipal de iluminação pública. O valor do contrato é estimado em R$ 1.020.770.728,98 (um bilhão, vinte milhões, setecentos e setenta mil, setecentos e vinte e oito reais e noventa e oito centavos), fora os tradicionais aditivos. Eles sempre virão…
O prazo de contrato é de 23 anos. E o dinheiro da COSIP vai inteiro para o grupo que comandará a iluminação das ruas da cidade de Curitiba.
A venda da iluminação pública vai deixar o negócio do transporte coletivo com inveja, segundo um servidor que despacha do Palácio 29 de Março, sede da Prefeitura Municipal. Até a família G., que atua no ramo de ônibus, e também em iluminação, estaria de olho em uma fatia do negócio.
A partir da assinatura do contrato,os recursos da Cosip, pagos nas contas de luz dos munícipes,ficaram vinculadas ao novo grupo privado.
JARSCHEL DE OLIVEIRA É O “CARA”
O secretário responsável pelo projeto é Alexandre Jarschel, aquele que se não consegue resolver no diálogo costuma chamar para o confronto físico. Lembrando neste link.
Vale lembrar da boa herança deixada pelo ex-secretário de Finanças Vitor Puppi. Vitor deixou as finanças em dia, inclusive a conta do dinheiro da iluminação pública, que ficou e ainda está abarrotada. Vitor saiu da prefeitura por cima, pois não aguentava mais a pressão exercida por alguns secretários, dentre eles, Alexandre Jarschel, e o todo poderoso Luiz Fernando Jamur.
Aliás, Jamur é nome presente em todas as grandes decisões e “imbróglios” as Prefeitura de Curitiba. Sua força talvez resida – opinam dois vereadores – “ao fato de ele ser um arquivo vivo sobre os rodopios que as administrações Greca vai tornando corriqueiros no dia a dia da cidade”.
Especialistas em “rolos” que os governos Greca montaram e administram “para o futuro”, dois ex- comissionados da Secretaria de Fazenda de Curitiba dizem: “o dinheiro vai acabar, muitos irão se aposentar e o cidadão é quem vai pagar! Tudo em rima, como o alcaide quer! Uma teta de 23 anos para alguns… Pode?”. Na cidade do alcaide Greca, que hipnotiza parte do eleitorado com suas frases gongóricas, tudo pode acontercer.
BILIONÁRIO MESMO
A estimativa feita pela turma de PPP da prefeitura é a de que, no prazo de 23 anos da concessão, a empresa vencedora gerencie mais de R$ 1 bilhão de tributos públicos. Mas avaliação é subestimada, pois a arrecadação nesse período deve ultrapassar a R$ 2,5 bilhões. A licitação da iluminação pública tem sido estimulada e pressionada pelo mercado, como consequência natural da privatização de energia elétrica. Já estão em andamento 427 projetos similares no Brasil. O de Curitiba é classificado como sólido e de alta rentabilidade. Por isto, estranha-se a estimativa de arrecadação do repasse pela concessão vem sendo desvalorizado desde o lançamento da PPP, pelo município.
DINHEIRO ÀS PRESSAS
Antes havia uma estimativa dentro da Prefeitura que essa PPP traria recursos na cifra de R$ 500 milhões, cifra corroborada pela Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Iluminação Pública (ABCIP). Passado quase um ano do lançamento do projeto de PPP, a estimativa já aponta para R$ 330 milhões. Uma desvalorização do negócio de R$ 170 milhões…
Com pressa em ter dinheiro, Greca quer que o leilão na Bolsa de Valores aconteça o mais breve possível. Quer torrar a grana com obras. “Serei conhecido como o prefeito que trouxe a modernidade para Curitiba. Usarei o dinheiro da PPP para fazer obras e encher a cidade de esculturas e obras”.
Greca é mesmo um ingrato, no mínimo, ao se atribuir papel histórico que até as pedras da cidade sabem pertenceu a Jaime Lerner. Aliás, o Lerner que “gerou Greca”, e por ele foi depois traído, quando se associou ao arquiinimigo de JL, Roberto Requião.
Ao que tudo indica, Greca trabalha para tratorar e repassar para o setor privado a iluminação pública. O prefeito quer dinheiro para gastar como um nababo, sem pensar no futuro. Afinal o futuro pertence a outro prefeito, bem como os ônus que Greca deixar.
O futuro imediato parece destinado ao simpático e educado Eduardo Pimentel Slaviero. Mas, depois, não há como esquecer que Ney Leprevost está “engatilhado”, dono de novo e substantivo currículo depois de ter passado pela Secretaria de Família, Justiça e Trabalho dfo atul Governo. De lá saiu com “summa cum laude”.
Bem feito para os curitibanos que escolheram o pior prefeito do Brasil para a reeleição. Em 10 anos eles vão entender o quanto foi maléfico para a cidade deixa-lo voltar.