Lucas Silveira de Lavor e Yohan Barczyszyn são os convidados da 28.ª edição de “Às vezes, aos domingos”. Sem mediador(a), eles vão se entrevistar e ler narrativas e poemas autorais.
O bate-papo acontecerá em 21 de agosto, a partir das 17 horas, no canal do YouTube Às vezes, aos domingos.
Os dois são amigos, leitores, escritores e editam, em Curitiba, a Revista Obsoletos. A primeira edição começou a circular em 23 de fevereiro de 2017, às 11h33, “de parto normal”, comentam Lucas Silveira de Lavor, de 26 anos, e Yohan Barczyszyn, de 30 anos.
A edição inicial trouxe em 34 páginas poemas e narrativas. “Acreditamo-nos obsoletos para este século falido. Para ser humano. A única saída possível é a esquizofrenia da ficção” – eis um fragmento do texto de apresentação da revista que, de acordo com Lavor e Barczyszyn, tem periodicidade indefinida.
“Publicamos quando temos vontade, tempo, disposição e cacife para engendrar uma nova edição. É frequente que tenhamos uma coisa e não outra. A ideia é publicar uma nova edição a cada seis meses, mas dependemos do alinhamento dos planetas. Até agora saíram cinco edições, e a sexta está chegando com o pé na porta”, contam Lavor e Barczyszyn.
Obsoletos, completam Barczyszyn e Lavor, “é uma revista literária de Curitiba que publica conteúdo duvidoso de autores desiludidos”.
Eles acrescentam que o gosto pelo cigarro, principalmente, é o ponto de contato entre autores e autoras que participam da publicação: “Mas também outros vícios (nos aproximam), como a literatura”.
A edição mais recente traz conteúdos artísticos de Cleverson Antoninho, Victor Hugo Turezo, Lucas Silveira de Lavor, Larissa Moreira e Yohan Barczyszyn, diagramação de Raphael de Lavor e ilustrações de Ricardo Humberto.
Iggy Pop foi o destaque na capa da primeira edição, Roberto Bolaño está na capa da segunda Obsoletos. Charles Mingus, Charles Bukowski e Hilda Hilst aparecem, respectivamente, nas capas do terceiro, do quarto e do quinto número da revista.
“Cada capa ainda é temática, com a foto de um(a) artista ou marginal – muitas vezes ambos – que nos seja querido(a), sempre sorrindo um sorrisão em preto e branco”, explicam Barczyszyn e Lavor.
Eles garantem que a edição impressa é e sempre será o carro-chefe – apesar de os PDFs estarem disponíveis na Internet. Mas, Lavor e Barczyszyn observam, “procurar uma edição física é muito mais divertido: há várias espalhadas gratuitamente pela cidade”.
Soma de Ideias, Coalhada Artesanal Preciosa e Tulipas Negras apoiam “Às vezes, aos dos domingos”, projeto idealizado e coordenado por Guido Viaro e Marcio Renato dos Santos.