O jornalista político Aroldo Murá conta que não está fácil acompanhar os episódios diários do quadro de beligerância na ACP (Associação Comercial do Paraná). Muitos dos atores desse “espetáculo” único na história de 132 anos da Casa do Barão do Cerro Azul, se recolhem sob o signo da discrição. No entanto, essa aparente paralisia, e falta de divulgação das chapas até agora postas – Sarmento, Maria Cristina e Degeronne – não significa que não faltem ações concretas, discretas, algumas essenciais para o futuro da própria ACP.
É o caso, por exemplo, do pedido que a Chapa Sarmento fez à justiça, para saber quantos são os associados da ACP; pede em recurso ao TJ-PR que Turmina e seu staff digam, de uma vez, quantos associados compõem o quadro da Casa. Saber com que colégio eleitoral os concorrentes terão em novembro na eleição da nova diretoria da ACP, é matéria básica, direito fundamental até mesmo para meros associados. O que amplia mais ainda esse clima de “verdades fraturadas”, são gestos de falta de verdade.
Tal como ocorreu dias atrás, quando Camilo Turmina afirmou em juízo que a ACP tem 100 mil associados. “Nunca a ACP teve tal número de associados, desde sua fundação”, explica um funcionário graduado da ACP que, por vezes, consegue fugir da vigilância, para breve bate-papos com membros das chapas de oposição. Todos sabem na ACP – e os ex-presidentes sabem disso com precisão, que a Associação nunca teve mais que 12 a 13 mil associados; e que com a pandemia o quadro social mirrou para 6,5 mil.
“Foi com argumentos, como a dispensa de associados com a pandemia, que Turmina moveu uma grande despedida de funcionários da Casa”.
ALTERNATIVAS
O fato de estarem pisando em ovos, os candidatos não estão parados. Maria Cristina e Sarmento movimentam-se. Cristina, por exemplo, passou parte da manhã deste dia 10 sendo entrevistada por um canal de televisão. Sarmento viajará nas próximas horas, mas se ocupou, pela manhã, do recurso que sua chapa faz ao TJ-PR.
A novidade pode consistir no o recurso que a advogada Patrícia Andrade Atherino Vieira estava preparando para dar entrada urgente no TJ/PR, a pedido de Sarmento.
CARTA NA MANGA
Mesmo os que não estão familiarizados com o universo da ACP acham que, se for mantida a negativa dada por um desembargador ao fornecimento da listagem dos associados, restará uma outra medida, carta na manga. O assunto número de associados poderá, então, ser submetido ao Conselho Superior. Esse é o órgão máximo da ACP, com poderes garantidos pelos estatutos da entidade, de “mudar as decisões do presidente da ACP, observa ex-conselheiro da associação.