O jornalista político Aroldo Murá informa que há reviravolta na Associação Comercial do Paraná (ACP), surpreendendo situacionistas ( o povo de Camilo Turmina) e os oposicionistas ao atual comando da entidade: Maria Cristina Coutinho, vice-presidente da ACP, e que até agora era candidata a vice na chapa oposicionista de José Eduardo Sarmento, lançou –se candidata à sucessão de Camilo nas eleições de novembro deste ano, num movimento fortemente sustentado por comerciantes femininas e, diz ela, também por ex-presidentes da instituição. O que significa: teria o apoio majoritário dos associados (seriam hoje 6,5 mil, bem ao contrário dos 30 mil alardeados pelos situacionistas).
Se o número correto, à prova de acertos “mágicos”, é mesmo de 6,5 mil eleitores, (portanto, pagantes e em dia com a tesouraria da ACP) – é preciso examinar com atenção o levantamento feito pela empresa de comunicação Blitz, de São Paulo, a pedido de um grupo de sócios da Associação Comercial. Tal levantamento aponta que 60% dos eleitores da ACP são mulheres. São, assim também, titulares dos negócios.
O estudo da Blitz agradou muito a Crtistina e a todos os que vêm nela a possibilidade de materializar-se a Chapa Renovação, “uma autêntica terceira via” no pleito de novembro. Cristina, que milita na ACP desde 1992, e é dona de grande colégio eleitoral informal, só pede que não a envolvam em manifestações “de ódio” contra a ACP. Quer continuar com suas fieis aliadas, as mulheres da ACP, e outras lideranças masculinas, “trabalhando pelas metas plantadas pelo Barão do Cerro Azul”.
“ASSOCIAÇÃO DA RUA XV”
Desta forma, não peça que Cristina endosse um dos chistes mais pesados que hoje correm pela cidade. É aquele que, dissertando sobre o envolvimento da associação sob o regime Turmina, e seu fiel Brasil, o assessor maior. O chiste grifa certeza: a comunidade em geral passou assim a nominar a ACP, de “Associação Comercial da Rua XV – de Camilo Turmina”.
Também não passa escondida a difícil situação de relacionamento que a gestão Turmina estabeleceu com a Faciap. Essa entidade maior das associações comerciais, contabiliza um amplo e total fechamento ao diálogo com a ACP. Não se conversam e nem a ACP se contata com suas congêneres do Paraná inteiro.
O levantamento da Blitz – do qual só temos testemunhos, e não nos chegou às mãos – haveria um alerta que soa mais forte ainda diante do atual quadro de dissensão da ACP: contra a situação comandada por Turmina, há ainda reclamações sobre “o desconhecido nome indicado para a chapa de Turmina, Sr. Degeronne.
– Nada contra esse senhor desconhecidos por nós e não representante da sociedade curitibana, do qual também é descopnhecido. Mas o que se espera é que o presidente da ACP seja alguém identificado com a vida e o comércio de Curitiba; alguém que pertença a essa grande sociedade que o Barão de Cerro Azul assumiu o compromisso de representar” – assinala um ex-dirigente da ACP, pedindo anonimato.
CONHEÇA MARIA CRISTINA
Maria Cristina Fernandes Medeiros, 63 anos, foi despachante documentalista por 40 anos. Presidiu o Conselho Regional dos Despachantes Documentalista, Diretora de Cultura e Capacitação do Conselho Federal, Diretora de Sindicato. Desde 1.998 participa na ACP, onde foi da Diretoria no Conselho Deliberativo, Coordenou Câmera Setorial, por três gestões foi vice-presidente na ACP, nas gestões de Antoninho Spolador e Glaucio Geara, presidindo o Conselho da Mulher Empresária.
“Carrego bons ensinamentos dos presidentes com quem participei nas gestões, sendo Jonel Ched, Avani Tortato Rodrigues, Claudio Slavieiro, Edson Ramon, Antoninho Spolador, Glaucio Geara e atualmente Camilo Turmina.”
“Acumulando a expertise de todos estes anos participando ativamente na ACP, sinto-me capacitada para assumir como presidente. Tendo como prerrogativas planos de ações voltadas para os comerciantes e profissionais liberais. Se houveram erros no passado, não serão esquecidos e repetidos, muito menos comentados, vamos virar a página e lutar por novas conquistas. A chapa renovação.”
Anotem-se essas manifestações da candidata, na primeira pessoa:
“A Chapa Renovação e Inovação é composta, em sua maioria, por mulheres: médicas, advogadas, contadoras, artistas plásticas, lojistas, farmacêuticas, veterinárias, artesãs … enfim, mulheres que sabem o que é comandar uma empresa, uma casa e família; mulheres que querem tornar nosso comércio mais sólido com geração de empregos; mulheres que querem apagar erros cometidos por gestões anteriores trazendo a voz feminina administrando uma associação comercial, principalmente ouvindo seus associados, detectando problemas e viabilizando soluções.
“Meu desligamento da chapa do José Sarmento ocorreu dia 22/07, na qual houve muitos debates com grandes lideranças femininas. E partir deles, em que no dia 01/08 lançamos a Chapa Renovação e Inovação, em menos de 24 horas já contamos com mais de 80 empresárias apoiando. Temos um slogan: “ “Na vida não temos problemas, temos sim desafios a serem vencidos. Somos plurais. Acreditamos no diálogo e defendemos a democracia. Inovação e Renovação é a nossa marca.”
FAVORECE TURMINA
José Eduardo Sarmento disse a este site, no final da tarde de terça-feira, 2, que “a saída de Maria Cristina da minha chapa pode, na verdade, dar chance de vitória ao grupo Turmina de ganhar o pleito de novembro.” E lamentou a saída da sua ex-vice.