Pedro Ribeiro, na coluna Sintonia Fina, conta que se um dia os campos e as florestas pegarem fogo, as cidades morrerão de fome. Esta frase, desconheço se existir um autor, me faz refletir sobre os alertas globais em relação à segurança alimentar. No Brasil a taxa – insegurança alimentar – segundo a Fundação Getúlio Vargas, saltou de 17% em 2014 para 36% no final de 2021, superando a média global de 35%. Portanto, vem faltando dinheiro para a compra de alimentos para 75% de 20% dos brasileiros mais pobres.
Diante deste quadro dantesco, o que assistimos, neste período eleitoral, é a falta de propostas dos candidatos à Presidência da República para amenizar este triste drama em que vivem grande parte da população brasileira, comprometendo a atual geração de crianças desnutridas. Hoje o nível de insegurança alimentar no Brasil está próximo dos países com maiores taxas, como Zimbábue [80%].
Se em nível nacional o governo virou as costas ou ignora este problema, preferindo pautar as discussões políticas eleitorais para o campo político, com acusações mútuas, mentiras, tentativas de golpe e outros temas tóxicos que destroem nosso processo democrático, no Paraná, há um naco de esperança em relação à postas que visem reduzir a fome, e vem da cabeça do jovem governador Ratinho Junior.
Quando o governador Ratinho Junior propõe, na agenda de ações para o campo, todo apoio possível para transformar o Paraná no maior centro agroindustrial do Brasil, ele coloca o Estado do Paraná no caminho certo. Buscar, no campo, as soluções para o crescente problema da fome no país e no planeta, é o dever do gestor público quando oferece, no mínimo, o direito básico às pessoas: casa e comida.
Este direito a uma vida digna que tem sido sonegado a milhões de brasileiros que passam fome, está sendo visto, aparentemente, pelo governador Ratinho Junior como uma sensação de injustiça social. É o que vem deixando claro em seus pronunciamentos no Estado e fora dele, com destaque ao potencial do agronegócio, principal setor produtivo que pode contribuir para reduzir a dor da fome.
Em se tratando do Brasil, hoje, são perto de 20 milhões de pessoas que vivem na extrema pobreza e mais de 58 milhões que convivem com a insegurança alimentar. Soma-se a este quadro, 13 milhões de desempregados e uma inflação que passa dos 12% em 12 meses, encarecendo ainda mais a cesta básica.
Recentemente, durante a abertura da Expoingá, o governador Ratinho Junior apontou uma boa alternativa para superar a fome, ao reiterar que vai transformar o Paraná em um “supermercado do mundo”.
O desempenho do campo vai ao encontro da proposta do governador. O setor já é responsável por mais um terço do PIB paranaense. O agro responde por 36% das riquezas que o estado produz e por 80% das exportações saem da área rural.
O caminho é a industrialização, disse o governador ao explicar o que é preciso fazer para que, além da matéria-prima como o leite, o Paraná possa oferecer o queijo, iogurte, o achocolatado. “É isso que vai aumentar a rentabilidade dos agricultores e gerar mais emprego e renda em todo o nosso Estado”.
O Paraná é um dos maiores potenciais agrícolas do Brasil e do mundo. Tem a segunda maior produção de grãos do País e está no topo do ranking nacional na produção de proteína animal, com grande peso para a cadeia do frango. Neste setor, a produção chega a 34% do volume brasileiro e concentra 40% das receitas com as vendas externas.
O Paraná é o segundo estado no País na produção de suínos, segundo na produção de leite e primeiro na produção de peixe, mercado que cresceu 15% nos últimos anos. E vai continuar crescendo em proporções semelhantes nos próximos.
Se o Brasil fornece hoje comida para 1,5 bilhão de pessoas, e é uma nação estratégica para a segurança alimentar do mundo, o Paraná dá uma grande contribuição. O agronegócio paranaense é exemplo e, mesmo durante a maior crise econômica da história, se mantém competitivo e em expansão.
Tão importante quanto ser um grande fornecedor de alimentos internamente e para ajudar a abastecer o mundo é a certeza de que, das terras e pastos paranaenses, saem produtos de qualidade. Ao completar em 27 de maio um ano de certificação de área livre de febre aftosa sem vacinação, mercados importantes e exigentes podem ser acessados. A competência de produzir, transformar e comercializar abrem os caminhos.
O campo e setores importantes da atividade econômica já trabalham de forma conjunta para que os objetivos apontados pelo governador Ratinho Junior sejam alcançados no menor tempo possível, e que os ganhos sociais desta proposta permeiem toda a sociedade. Afinal, o supermercado do mundo, tem um valor inestimável para o país e para todos os paranaenses no combate a todas as mazelas provocadas pela fome, um desafio enfrentado neste momento em todo o mundo.
Bonitas palavras, só isso.
Promessas eleitoreiras, deveria ter visto e feito algo antes.
Pq ele n da o exemplo e retira o ICMS sobre combustíveis e produtos da sesta básica???