Em 53 Antes de Cristo, o general e milionário (bilionário em valores atualizados) Marco Licínio Crasso resolveu adicionar a seus sucessos políticos e financeiros a glória militar. Atacou o império Parta e cometeu erros estratégicos tão grosseiros nessa campanha que provocou uma das maiores derrotas romanas da história. O pobre Crasso morreu na empreitada e ainda se imortalizou pela besteira:
– Erro Crasso.
Putin, com a desastrosa invasão da Ucrânia, está a caminho de se tornar um adjetivo: Erro Putin (um puta erro). Vejamos: Putin se dizia incomodado com a expansão da OTAN. Eis que a OTAN, com a invasão, ganhou importância (estava marchando para irrelevância), e, como resposta ao trogloditismo russo, dois novos países (Finlândia e Suécia) estão abandonando uma histórica neutralidade para se associar a aliança militar. Erro Putin.
Para piorar as coisas, a vexaminosa campanha militar da Rússia na Ucrânia está desmoralizando as outrora temidas Forças Armadas russas. A blitzkrieg de Putin está se transformando em uma guerra de desgaste, mais ao estilo da I Guerra Mundial. Para se ter uma ideia do tamanho do desastre, basta dizer que, em três meses de guerra contra a Ucrânia a Rússia perdeu mais homens que nos 10 anos da Guerra do Afeganistão (1979-1989), estimados em 15 mil soldados.
Muitos estudos atribuem ao custo econômico e militar dessa guerra a dissolução da União Soviética em 1991.
Bons motivos para Putin colocar a babushka de molho.