O que é novo e o que é velho na corrida eleitoral deste ano, um leitor me pergunta, apontando a fome do eleitor em procurar novos ares e confessando estar cansado das famílias e dos amigos que dominaram a política paranaense a partir da década de 70.
O candidato tucanato Cesar Silvestri ao responder questionamentos de uma emissora de rádio de Curitiba tentou se inserir como uma engrenagem nova na esfera pública.
Mas se parar pensar, na prática ele faz parte de um grupo dominado pela velha política, representada por nomes da velha guarda como Roberto Requião (MDB), Alvaro Dias (Pode) e por que não, o ex-governador Beto Richa.
Na velha política todos se conversam, como aconteceu no ano passado quando Beto Richa (PSDB) recebeu Roberto Requião para uma conversa sobre a eleição de 2022, dois adversários políticos nas últimas duas décadas sentandos para conversar e confabular não pegou bem e pode influenciar no desempenho político do tucano.
Para confundir o eleitor muitos candidatos tentam se emplacar como terceira via ou se autodenominam de novo, mas na verdade o jogo é maior do que imagina nossa vã filosofia.
Nas redes sócias se propagam várias informações sobre os membros cativos da terra dos pinheirais no seleto grupo.
Cesar Silvestri aparece no rol da velha política disfarçada de nova, com pedigree, a mãe é a deputada estadual Cristina Silvestri (PSDB) e o pai foi deputado federal e estadual, além de secretário, e acabou acusado de envolvimento na Lava Jato.
As envolventes redes sociais não perdoam os erros do passado, contra Cesar Silvestri circulam memes e histórias de que o ex-prefeito de Guarapuava, cidade distante 250 km de Curitiba, é o candidato do ex-governador Beto Richa e um dos membros ativos do clube de capitanias hereditárias, quando se passa a vaga na política local de pai para filho.
Nos grupos de discussões do Whatsapp, ontem, alguém me questinou, como alguém que vem de uma família de políticos tradicionais pode querer vestir o casaco do novo, deixando se envolver em irregularidades no exercício do mandato, como aconteceu com o prefeito de Guarapuava entre 2013 a 2020, ao realizar licitação após o evento ter ocorrido dois meses antes e envolveu membros do secretariado.
A cobrança me fez refletir que nova política é essa? Fazer tudo que a nova política condena adotando as piores coisas da velha, como foi o caso do espetáculo Paixão de Cristo, em que Cesar Silvestri se tornou réu e dois secretários da Prefeitura de Guarapuava terminaram presos, com a secretária de Educação de Guarapuava admitindo o erro.
Na nova política não se pode ter rastros que desagradem o eleitor, como a movimentação de R$ 160 milhões do Orçamento, sem autorização da Câmara Municipal de Guarapuava, levando o Ministério Público do Paraná a agir, por possível crime de responsabilidade fiscal, pela edição de 30 decretos irregulares.
Mas os B.Os para incomodar o futuro político de Cesar Silvestri não pararam por aí, ele foi responsabilidado por empregar parentes na administração e denunciado no caso dos funcionários na Assembleia Legislativa do Paraná, quando pelo menos um funcionário exercia função fora do legislativo estadual, no partido PPS, hoje Cidadania.
O colaborador do Blog finaliza concluindo que a “nova política” de César Silvestri já nasceu velha, porque tem cara, jeito e cheiro de velha política.
E é a velha política!
Não adianta ir a uma rádio e tentar provar o contrário.
No partido de Beto Richa pode-se esperar o quê?
O que esse fez para o Paraná quando deputado estadual? O Ministério Público julga até hoje, já devia ter tirado os direitos políticos dele há muito tempo.
Pela ação dele, pode ter certeza sim, é movimento da velha política
Também, a família está há quantas décadas na política?