O jornalista com a melhor análise dos corredores do Palácio 29 de Março, Aroldo Murá, descobriu que o alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo tem uma predileção em ajudar e tratar bem grande família do transporte público. A todo tempo, a qualquer situação ou por pura amizade, ele sai para socorrer um setor que sempre alega prejuízo e sempre pede aportes concedidos graciosamente pela prefeitura. Dessa vez, serão R$174 milhões, com a justificativa que as isenções geram prejuízos. Na pandemia da Covid, o repasse superou R$200 milhões.
O alcaide bom de papo, sempre tem uma justificativa. Não importa que tenha dado enorme aumento das tarifas, deixando a passagem em R$5,50 – a maior entre as capitais brasileiras. O que é prioritário para Greca é dar segurança a uma família que vive há décadas explorando o transporte público e usufruindo dos repasses do tesouro municipal.
RASAS JUSTIFICATIVAS
No documento enviado para a Câmara Municipal, o prefeito justifica o repasse de R$ 174 milhões ponto a culpa na tarifa social. O texto diz que servirá para “atender despesas com a equalização da diferença entre a tarifa social de R$5,50 e a tarifa técnica de R$6,3694, no exercício de 2022.” Mas a pergunta que fica é: quando subiu a passagem de R$4,50 para R$5,50 não havia feito essa conta?
Na justificativa, a Prefeitura de Curitiba informa que R$132,4 milhões são para a compensação da tarifa e R$ 41,6 milhões para outras despesas do transporte coletivo.
Há duas divisões do valor total do projeto de lei, uma vez que no descritivo técnico aparece a previsão de R$1,25 milhão em material de consumo, R$9,15 milhões em contratação de terceirizada para “serviços de tecnologia da informação e telefonia” e R$163,7 milhões em serviços de pessoa jurídica.
SEMPRE PREJUÍZOS
A Urbs, coordenada por Ogeny Maia, sempre defendeu as empresas do transporte público. Elas alegam que tudo aumentou e que há prejuízos (mas não largam o osso de jeito nenhum). As empresas mostram na planilha que o custo de manutenção aumentou. O irônico é que as empresas que fazem a manutenção dos ônibus pertencem aos proprietários do transporte público…
Greca usa esses argumentos para mudar o contrato, como fez no período da pandemia. A lógica de ônibus criada pela turma de Jaime Lerner vem sendo desmontada. A Urbs já autorizou a ter ônibus de uma cor só que atendam linhas normais e os Alimentadores. Também houve retirada de itens de segurança no padrão Curitiba, considerado o melhor padrão de segurança nos ônibus.
A mesma Urbs já diminuiu o tamanho dos ônibus. Mudou a forma de cobrança pelo quilômetro rodado e agora deve começar a liberar a demissão e cobradores, com a implantação de novas tecnologias de pagamento.
PROJETO SERÁ APROVADO
Greca vai conseguir passar tranquilamente o projeto. A Câmara não tem feito oposição. São poucos vereadores que defendem o interesse da população. Esses Não conseguem barra o trator da Prefeitura, comandado pelo secretário de Governo, Luiz Fernando Jamur.
Enquanto cidades no Paraná isentam a população do custo da passagem, dando de graça ou reduzindo valores, Curitiba vai na contramão. Aumento o custo da passagem paga na catraca e embute nos impostos municipais o auxílio para ajudar os donos de transporte. Aqui não se mexe na grande família do transporte. Aqui se prefere tomar café com o líder desse setor no Graciosa Country Club e ficar bem, sendo amigo de quem tem poder maior que o prefeito.
O pior não é ele mandar, é a Câmara de Curitiba aceitar essa barbaridade.
Não está só quebrada mas enterrada em dividas em dólares.
Meu Deus. O mal do brasileiro realmente é opinar sobre coisas que não entende… que pena isso!!!! Eu trabalho dentro de uma empresa e estou constantemente com salários atrasados, situação tá caótica por falta de dinheiro. Eu sofrendo e vocês falando besteira sem parar. O transporte está completamente falido, desde a licitação. Aliás, transporte público no Brasil é o pior negócio do mundo!
Esses últimos anos eu me pergunto, como tive coragem em votar em um cara desse em 2016. Se arrependimento matasse, eu não estaria mais aqui.
Duro que vamos aguentar outras barbaridades e o Tribunal de Contas vai se fazer de cego.
Vergonha de morar em Curitiba e aguentar uma barbaridade dessas