quinta-feira, novembro 7, 2024
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PIB do Paraná cresce 3,3% em 2021, maior avanço desde 2014

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O Produto Interno Bruto (PIB) do Paraná cresceu 3,3% no ano passado, o maior aumento da economia paranaense desde 2014. O avanço consolida a recuperação econômica do Estado após os impactos da pandemia de Covid-19 e é resultado principalmente da recuperação da indústria – em especial da construção civil e setor automotivo – e dos serviços. Os dados foram divulgados  pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

O PIB do Paraná, de R$ 579,3 bilhões, equivaleu a 6,67% do PIB brasileiro no período. A ampliação de 8,52% no valor adicionado da indústria e de 2,28% no de serviços foram determinantes para o bom resultado no ano. A estiagem prolongada, que provocou quebras nas safras de soja, milho e cana-de-açúcar, combinadas à diminuição no processamento de carne bovina, provocaram retração de -9,53% na agropecuária. A arrecadação de impostos apresentou variação de 8,16%.

“O crescimento do PIB demonstra os bons resultados alcançados pelo Paraná nos diferentes setores ao longo do ano passado. Mesmo enfrentando a pior pandemia do último século e a maior estiagem em 90 anos, a economia paranaense continua forte e robusta e está em plena recuperação”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “Fechamos o ano passado com o maior geração de empregos em 18 anos, com mais de 172 mil vagas abertas, e agora com o maior avanço no PIB em quase uma década”.

O diretor-presidente do Ipardes, Daniel Nojima, explica que a recuperação do Estado iniciou já no último trimestre de 2020 e foi constante ao longo do primeiro semestre do ano passado. No ano anterior, o PIB paranaense fechou em queda de -1,84%, com o impacto da pandemia em todos os setores, além das consequências da estiagem já naquele período.

Ao longo de 2021, os diferentes ramos que compõem a indústria da transformação expandiram de forma disseminada, com destaque para a indústria automotiva e fabricação de máquinas e equipamentos. Também contribuiu para o resultado do setor industrial o bom desempenho da construção civil. O resultado positivo dos serviços levou em conta a recuperação das atividades de seus segmentos, que estavam entre os mais afetados pela pandemia.

“O PIB paranaense avançou no ano passado mesmo com as adversidades. Além da Covid-19, inflação e alta de juros, o clima afetou muito a produção de energia e da agricultura, que tem um peso grande na economia do Estado”, explica Nojima. “Houve aumento também no número de empregos, ajudando na recuperação de parte do setor de serviços”.

RESULTADOS – No primeiro trimestre de 2021, o PIB paranaense caiu -0,42% com relação aos primeiros três meses do ano anterior – o único trimestre de 2020 que fechou em alta. O desempenho foi revertido já no trimestre seguinte, com crescimento de 4,56% entre janeiro e junho. No resultado acumulado até setembro, o PIB do Paraná foi a 4,45%.

No último trimestre do ano, o PIB apresentou estabilidade em relação ao período correspondente do ano anterior, com variação de 0,01% e valor acumulado de 3,3%. Dentre as atividades que compõem o valor adicionado (que corresponde ao PIB subtraído de impostos), houve expansão de 0,98% na indústria e retrações de -8,05% na agropecuária e de -0,57% no setor de serviços.

Na comparação com o trimestre anterior, o PIB registrou contração de -0,41%, influenciado por contrações de serviços (-1,15%) indústria (-0,72%). Segundo a análise do Ipardes, o crescimento da indústria dependeu da expansão da construção civil, que mais que compensou as variações negativas na indústria de transformação e nos serviços industriais de utilidade pública, como a geração de eletricidade.

O declínio da agropecuária foi resultado de reduções nos volumes produzidos de cana-de-açúcar e de carne bovina. No setor de serviços, foi observada queda acentuada no varejo, o que provocou a retração do comércio no quarto trimestre.

“O setor de serviços vinha se recuperando por conta do aumento no número de empregos. Mas a inflação em alta desde o terceiro trimestre, com aumento no preço dos combustíveis e dos alimentos, reduziu poder de compra do cidadão e trouxe consequências ao desempenho do comércio, o que fez com que o setor crescesse em um ritmo mais lento no ano”, explica Nojima.

No quarto trimestre de 2021, o Produto Interno Bruto do Paraná totalizou R$ 132,84 bilhões, sendo R$ 113,53 bilhões referentes ao valor adicionado a preços básicos e R$ 19,3 bilhões aos impostos.

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2 COMENTÁRIOS

  1. Notícia fake, ao analisar que a economia ficou represada em 2020 por conta das restrições causada pela pandemia ficamos negativo em 2020. Já em 2021 quase voltando a plena normalidade é previsível crescimento se analisarmos que estávamos negativo em 2020.
    O Brasil foi o país que menos cresceu em relação as demais economias, vivemos estagninflacao. Demanda reprimida, média inferior, e preços inflacionados. Esta é a realidade, diferente aos que vivem nos gabinetes os marajás dos poderes públicos

  2. Renda média dos assalariados, do povão, a maioria andam cabisbaixo e o governo usa a imprensa para veicular notícias para esconder a incapacidade de produzir melhores resultados para população.
    Olhe o preço dos insumos em geral, da gasolina, do gás, dos alimentos, energia…
    A cadeia produtiva sofre os efeitos pela ausência de planejamento e principalmente de incentivos fiscais para outras modalidades de energia para fazer frente ao desequilíbrio do petróleo e a ganância dos investidores.
    Distribuir vale fome, cesta básica como forma cooptar e viciar o cidadão, tirando lhe a dignidade de trabalhar e conseguir o próprio alimento não se constrói prosperidade mas a imensa desigualdade entre as classes sociais.

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