Com melhoria dos indicadores, Curitiba retira a obrigatoriedade do uso de máscaras também em ambientes fechados, com exceções para os serviços de saúde. Nesses locais, o uso da proteção respiratória seguirá sendo exigido.
A nova regra será dada pelo decreto municipal 420/2022 que será publicado ainda hoje e começa valer a partir da zero hora desta terça-feira (29/3).
Desde o dia 17 de março, o uso de máscaras já era facultativo em espaços abertos e para crianças menores de 12 anos.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em reunião na tarde desta segunda-feira (28/3), após avaliar os indicadores epidemiológicos da última semana – 22 a 28 de março.
Após a análise dos dados, a pontuação da bandeira em Curitiba se manteve em 1,43, menor que na semana anterior, quando estava em 1,63.
Curitiba tem menos de mil casos ativos (com potencial de transmissão), segundo dados desta segunda-feira (28/3) do Painel Covid de Curitiba. A média móvel do número de casos ativos teve queda de 65,3% na última semana em relação a 14 dias. A média móvel do número de casos por data de divulgação caiu 66,1% no mesmo período, enquanto a média móvel do número de óbitos teve redução de 50%.
A capacidade de resposta do sistema hospitalar também vem apresentando resultado positivo. A taxa de internamento em UTIs SUS exclusivas para Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) fechou nesta segunda-feira (28/3) em 14% e a ocupação dos leitos de internamento clínico SUS exclusivos para SRAG ficou em 24%.
Um passo a mais contra a pandemia
Desde o dia 17 de março, o uso de máscaras já era facultativo em espaços abertos e para crianças menores de 12 anos. Com a continuidade da remissão da pandemia da covid, mesmo após a flexibilização, o município adota mais uma etapa de liberação das medidas restritivas.
A decisão foi debatida com o Governo do Estado, que deve adotar regras semelhantes para todo o Paraná nos próximos dias, com o objetivo de manter ações unificadas de controle da pandemia.
Exceções
O uso de máscaras faciais permanece obrigatório para pessoas com sintomas respiratórios, tanto em ambientes abertos, como fechados.
O documento estipula também o uso obrigatório em todos os serviços de saúde da cidade, como: unidades de saúde, hospitais, farmácias, clínicas, consultórios e laboratórios.
“Esses são ambientes de circulação de pessoas com maior probidade de estarem adoecidas e com maior fragilidade de saúde, então ainda precisamos manter esse cuidado por mais um tempo”, explica Márcia.
Mais vulneráveis
A secretária municipal da Saúde salienta que o fim da obrigatoriedade não significa que não se possa manter o uso da proteção, principalmente em locais em que não seja possível praticar o distanciamento social.
“A máscara deixa de ser obrigatória em certos espaços, mas isso não quer dizer que é proibido o seu uso, bem pelo contrário, caso a pessoa se sinta desconfortável em um ambiente em que não é possível praticar o distanciamento ela pode usar a máscara”, orienta Márcia.
A SMS recomenda ainda, a manutenção da utilização do equipamento de proteção por pessoas imunossuprimidas (aquelas que fazem tratamento de câncer, transplantadas, pacientes de diálise, entre outros) e por toda a população durante o uso transportes coletivos, táxis e carros de aplicativos.
“Todos que quiserem continuar usando podem e devem fazê-lo, principalmente aqueles com condições de saúde mais vulnerável, a pandemia está mais branda, mas ela ainda não acabou”, afirma a secretária.
Bandeira Amarela – Veja como ficam as regras
– Fica obrigatório o uso de máscara em serviços de saúde (unidades de saúde, hospitais, farmácias, clínicas, consultórios e laboratórios);
– Fica obrigatório o uso de máscara para todos os cidadãos com sintomas respiratórios, em ambientes abertos e fechados.
– Todos os estabelecimentos deverão cumprir o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba e as orientações, protocolos e normas da Secretaria Municipal da Saúde, disponíveis na página www.saude.curitiba.pr.gov.br, no que se refere à prevenção da contaminação e propagação do novo Coronavírus.