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sexta-feira, novembro 22, 2024
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InícioPolítica ParanáEx-chefe do Dnit do Paraná é preso por corrupção

Ex-chefe do Dnit do Paraná é preso por corrupção

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O jornalista Angelo Rigon, do Maringá News, informa que o ex-diretor geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes na gestão do ex-presidente Michel Temer (MDB), José da Silva Tiago, que foi superintendente do órgão no Paraná durante a construção do Contorno Norte, está preso temporariamente em Brasília desde o dia 10 deste mês devido à suspeita de participar de esquemas de corrupção enquanto chefiou o Dnit no estado por 8 anos. Sua prisão é resultado da Operação Rolo Compressor, que na semana passada resultou no afastamento do até então superintendente do Dnit no Paraná, José Carlos Beluzzi de Oliveira, que teria sido indicado para o cargo pelo líder do governo Bolsonaro na Câmara Federal. Ele foi afastado por suspeita de corrupção e teve os bens bloqueados.

De acordo com o site Notícias do Mato Grosso, em apenas um dos contratos sob investigação, com valor contratado superior a R$ 700 milhões, há constatação de prejuízo de mais de R$ 60 milhões para os cofres públicos, segundo auditoria da Controladoria Geral da União. A investigação, iniciada em 2015, diz respeito a fraudes em contratações e execução de obras públicas, incluindo superfaturamento e sobrepreço, visando o desvio de recursos públicos, além de atos de corrupção e lavagem de dinheiro, com indícios de que o esquema criminoso funcionava há mais de uma década.

O TCU identificou maquiagem nos custos de uma obra no Paraná. A empresa contratada fez 475 km de rodovia, mas apresentou planilha de mais de 600 km asfaltados, resultando em sobrepreço de R$ 9 milhões. O site informou que uma das “obras problemáticas na gestão de José da Silva Tiago à frente do Dnit do Paraná é o Contorno Norte, que apresentou sobrepreço de R$ 10 milhões”. Tiago esteve em Maringá em 2013, ao lado do diretor-geral do Dnit, Jorge Ernesto Pinto Fraxe, que “elogiou as obras do Contorno Norte” e garantiu apoio ao projeto do futuro Contorno Sul Metropolitano, segundo a divulgou à época a administração Pupin/Barros.

Ainda segundo o site, há ainda suspeitas de fraude na licitação e pagamentos indevidos na BR-487 que liga o Paraná a Mato Grosso. Na ação, foram expedidos pela Justiça Federal em Curitiba mandados de prisão e de busca e apreensão em seis estados; Paraná, Mato Grosso, Santa Catarina, Distrito Federal, Minas Gerais e São Paulo. As buscas envolvem 125 policiais em 26 locais. Ainda segundo a PF, outros cinco servidores públicos foram afastados cautelarmente e tiveram o patrimônio bloqueado.

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