A Secretaria de Saúde da capital do Paraná pelo decreto divulgado nesta quinta-feira, 13, nos faz acreditar que a nova cepa denominada Ômicron não é motivo de preocupação para contaminação, as medidas adotadas são brandas, a mais significativa foi a redução de 30% nos atendimentos.
Considerando o aumento expressivo dos casos de covid-19 da variante ômicron e com a declaração de epidemia da Influenza A (H3N2) pela Secretaria Estadual de Saúde do Paraná, nesta quarta-feira (12/1), Curitiba prorroga por mais sete dias a bandeira amarela, reduzindo a ocupação nos estabelecimentos a 70% da capacidade total como medida de cautela sanitária.
A decisão foi tomada pelo Comitê de Técnica e Ética Médica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) e passa a valer a partir desta quinta-feira (13/1), com a publicação do Decreto Municipal 30/2022, com vigência até 20 de janeiro.
A medida tem caráter preventivo e visa manter as atividades econômicas em funcionamento e foi definida após a avaliação dos indicadores da pandemia e da capacidade de resposta do sistema de Saúde do município frente aos novos casos.
Este novo decreto mantém as medidas de combate à pandemia adotadas desde o início de dezembro – como a obrigatoriedade do uso de máscara em espaços públicos ou de uso coletivo em Curitiba e a proibição de consumo de bebidas alcoólicas em via pública – e determina que a ocupação não deve ultrapassar 70% da capacidade de público prevista no Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB).
Entre esses protocolos, seguem fundamentais o uso de máscara facial, higienização constante das mãos (com álcool em gel 70% ou água e sabão), distanciamento social e manutenção dos ambientes arejados. Em caso de sintomas respiratórios, a pessoa deve se isolar e procurar atendimento dos serviços de Saúde a que tiver acesso (público ou privado) para verificar o melhor momento para realizar a testagem contra a covid.
Distanciamento
As medidas determinadas pelo Decreto 30/2022 visam contribuir para a contenção das transmissões de coronavírus e influenza (gripe) com a menor circulação de pessoas ao mesmo tempo nos ambientes, favorecendo o distanciamento físico.
Além da ocupação em até 70% de sua capacidade máxima, todos os estabelecimentos devem cumprir o Protocolo de Responsabilidade Sanitária e Social de Curitiba e as orientações, protocolos e normas da Secretaria Municipal da Saúde e das demais Secretarias e entidades competentes em relação à prevenção à covid-19.
As medidas também têm o objetivo de proteger o sistema de saúde de uma sobrecarga. Até o momento, a maioria dos casos de covid-19 têm se mostrado mais leves, devido à grande cobertura vacinal na cidade, mas, o aumento exponencial de novos casos por dia aumenta a probabilidade de internamentos.
Cenário
A SMS lembra que a definição da bandeira de alerta é definida pela análise de vários indicadores para o monitoramento da covid-19 adotado pelo Comitê de Técnica e Ética Médica e que permitem avaliar como está a capacidade de resposta do sistema de Saúde para o enfrentamento da pandemia e a definição das medidas necessárias para contenção da pandemia.
A partir do monitoramento diário desses indicadores, Curitiba está há 190 dias em bandeira amarela. Nos últimos dias o número diário de casos novos subiu 1.204,2% e a média móvel de casos ativos subiu de 566,5% no mesmo período, tendo contabilizado 9.104 casos em 12/1.
A média móvel do número de mortes por data de divulgação teve aumento de 60%, quando comparado a 14 dias atrás.
Nesta quarta-feira (12/1), a taxa de ocupação dos 65 leitos de UTI SUS exclusivos para covid-19 foi de 54%, com 35 pacientes internados. A taxa de ocupação dos 161 leitos de enfermarias SUS covid-19/SRAG está em 70%. Há 48 leitos vagos.
Bandeira Amarela – Veja como permanecem as principais atividades
- Atividade suspensa
Consumo de bebidas alcoólicas em vias públicas, salvo em feiras livres e de artesanato.
- Atividades respeitando até 70% da capacidade de público prevista no Certificado de Licenciamento do Corpo de Bombeiros (CLCB)
– Atividades comerciais de rua não essenciais, galerias, centros comerciais e shopping centers;
– Atividades de prestação de serviços não essenciais, tais como escritórios em geral, salões de beleza, barbearias, atividades de estética, saunas, serviços de banho, tosa e estética de animais, floriculturas e imobiliárias;
– Academias de ginástica e demais espaços para práticas esportivas individuais e coletivas;
– Restaurantes, lanchonetes, panificadoras, padarias, confeitarias e bares;
– Lojas de conveniência em postos de combustíveis;
– Comércio varejista de hortifrutigranjeiros, quitandas, mercearias, sacolões, distribuidoras de bebidas, peixarias, açougues, e comércio de produtos e alimentos para animais;
– Mercados, supermercados, hipermercados e lojas de material de construção;
– Parques infantis e temáticos;
– Cinemas, museus, circos e teatros para apresentação musical ou teatral;
– Casas de festas e de recepções, incluídas aquelas com serviços de buffet, salões de festas em clubes sociais e condomínios e estabelecimentos destinados ao entretenimento, tais como casas de shows, casas noturnas e atividades correlatas;
– Eventos corporativos, de interesse profissional, técnico e/ou científico, como jornadas, seminários, simpósios, workshops, cursos, convenções, fóruns e rodadas de negócios;
– Mostras comerciais, feirões e feiras de varejo;
– Serviços de call center e telemarketing;
– Igrejas e templos;
– Eventos esportivos profissionais com público externo e de apresentação teatral ou musical em espaços abertos.
Muito alarde por nada
Decisão para fazer jogo de cena e quebrar a economia
Todas essas regras só não se aplicam ao transporte coletivo de Curitiba que continuam desde sempre com a frota reduzida e lotadissi nós.