O jornalista político Aroldo Murá informa que os meios de comunicação do país vêm apontando irregularidades envolvendo empresas que utilizam os radares para fiscalizar o trânsito. Por exemplo, Belo Horizonte e outras capitais já tiveram problemas, assunto de que já nos ocupamos. Pelo Google é possível conhecer as reclamações e sua extensão.
Segundo as denúncias, existem irregularidades nos equipamentos e também na documentação da licitação, tendo isso gerado a judicialização do edital. A judicialização envolve uma denúncia segundo a qual a escolha de uma tecnologia mais moderna restringiu o número de participantes.
Uma vereadora de Curitiba inclusive já cobrou explicações da administração. As coisas vão ficando por aí, a cidadania vai se habituando com irregularidades de administradores. É a banalidade do mal, da gestão de uma Curitiba “bem cuidada”.
TUDO CHAPA BRANCA
A prefeitura, por meio da assessoria de imprensa, lança várias matérias e enquetes chapa branca para justificar as medidas tomadas pelo alcaide, como, por exemplo, a necessidade de arrecadar e multar o Curitibano. Os “releases”” da prefeitura vendem a ideia de que os novos radares têm nova tecnologia . Uma delas, a de não obrigar o corte do asfalto novo implantado pelo alcaide Rafael Greca.
Esquece a administração de Greca somente de dizer que o asfalto é cortado diariamente por outros motivos e também já tinha sido cortado pela empresa Consilux, a anterior dos radares, a qual teve seu contrato encerrado somente no final deste ano. Essa justificativa do corte do asfalto é sem dúvidas inconsistente, pois diariamente a Sanepar, Compagás, Copel e de telefonia recortam o asfalto recompondo o pavimento.
Tal fato não justifica a contratação de “tecnologia” restritiva e mais cara,sob esse argumento. Na realidade o que deveria importar era o serviço ser prestado. A administração Greca criou uma Comissão para apurar as irregularidades. No entanto, não se verificou qualquer documento conclusivo quanto à apuração, até agora.
Assim, a administração foi indagada por este site/blog por meio da lei de acesso à informação quanto aos documentos e conclusões da referida “apuração”. Também pela lei de acesso à informação foram questionadas outras informações sobre os contratos de sinalização da cidade.
INCRÍVEL…
Pasmem! A Superintendência de Trânsito respondeu somente as informações sobre as placas e pinturas da Empresa Sinasc e Prime. A informação dos Radares foi sonegada argumentando que “a solicitação de informação era anônima”. Mas com o anônima, se tem nome, sobrenome, CPFF, endereço e telefone e emdereço e e.mail do indagador? A própria superintendente de Trânsito, em entrevista com a Gazeta do Povo, admitiu o fato de o contrato com o Consórcio das Araucárias (Perkons e FiscalTech) ter ficado parado por mais de 70 dias devido a um processo administrativo instaurado para apurar denúncia de suposta falsificação de documentos. “Houve uma denúncia apócrifa, que resolvemos investigar. Foram feitas diligências, uma sindicância completa, e nada foi achado”.
(Leia mais em: https://www.gazetadopovo.com.br/curitiba/novos-radares-de-curitiba-mais-afiados-veja-infracoes-que-estao-na-mira/ ).
Na mesma matéria Rosângela Battistella reconhece que as multas são para engordar o caixa da Gestão Greca! Grecaníquel! Pois bem! As informações são de documentos públicos, inexistindo qualquer amparo legal para a recusa da Superintendência de Trânsito prestar informações.
Assim se pergunta: Quais diligências foram tomadas? Qual o motivo de sonegar informações aos cidadãos? Quais foram os servidores envolvidos na apuração? Quais documentos foram motivo de apuração? Que empresas estão envolvidas? O Ministério Público está ciente (indagações protocoladas)da negativa de informação e com certeza irá apurar o motivo de tanto segredo em informação simples.
Vamos aguardar as cenas dos próximos capítulos! Se não existe irregularidade na informação qual o motivo de medo? – pergunta-se recorrendo ao velho axioma: quem não deve não teme…