Em 2021, a palavra reinvenção veio acompanhada da retomada no setor cultural. Quase dois anos após o início da pandemia do novo coronavírus, espetáculos, shows, festivais e outros eventos voltaram a ser realizados. Mas artistas, técnicos, produtores, trabalhadores e trabalhadoras da Cultura sentiram ao longo de 2021 os efeitos da estagnação.
A Secretaria da Comunicação Social e da Cultura (SECC), por meio da Superintendência-Geral da Cultura, lançou uma série de programas para diminuir os impactos financeiros da crise sanitária junto a trabalhadores e trabalhadoras da área.
Os recursos são da lei federal Aldir Blanc, sancionada em 2020 pelo governo federal para amenizar os efeitos econômicos da pandemia no setor, destinando R$ 3 bilhões a estados e municípios. Em 2021, a lei foi prorrogada com o saldo dos valores não empenhados em 2020.
O Programa Bolsa Qualificação Cultural, operacionalizado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), disponibilizou 12 mil vagas em 12 modalidades da arte e da cultura. A cada 40 horas/aula o beneficiário tem o direito de receber R$ 1 mil, totalizando R$ 3 mil ao fim do curso. No momento, estão abertas as inscrições para mais de 3 mil vagas remanescentes do programa.
“A Bolsa Qualificação Cultural é o maior programa de qualificação cultural do país. Essa foi uma conquista histórica da Cultura no Estado”, afirma a superintendente-geral da Cultura, Luciana Casagrande Pereira.
A Cultura Paraná reeditou em 2021 a Renda Emergencial, cujo pagamento foi feito em parcela única de R$ 3 mil (R$ 6 mil para famílias monoparentais). O programa beneficiou cerca de 150 famílias, que ainda não tinham recebido benefício do governo.
EDITAIS – A SECC lançou três editais de fomento com recursos da Lei Aldir Blanc (LAB) no mês de outubro de 2021. O Prêmio Selo Circo Amigo, que reconhece e premia 30 circos de lona tradicionais do Estado com o valor de R$ 40,6 mil; Técnicos e Técnicas da Cultura, que reconhece a contribuição desses profissionais – 538 foram premiados com o valor individual de R$ 10 mil; e o Prêmio Incentivo ao Desenvolvimento de Longas-Metragens Paranaenses contemplou dez propostas de desenvolvimento de projetos de longas de ficção inéditos, de produtoras audiovisuais paranaenses independentes com o valor de R$ 50 mil.
Até 22 dezembro, por meio de termos técnicos assinados com a Unespar, Universidade Estadual de Londrina, Fundepar e Centro Cultural Teatro Guaíra, a previsão é de que a SECC lance outros quatro editais de fomento para ampliar a distribuição dos recursos da LAB no Estado. As inscrições para a participação nesses editais serão abertas em janeiro de 2022.
SUPORTE – Paralelamente, a Superintendência-Geral da Cultura manteve o suporte aos municípios por meio de videoconferências durante todo o ano. O Ciclo de Diálogo com os Municípios apresenta os mecanismos de funcionamento das instituições culturais e programas de fomento para que os gestores municipais tenham subsídios para executar suas próprias políticas culturais.
A Agência do Trabalhador da Cultura, posto avançado da Agência do Trabalhador, é outra importante conquista, fazendo a ponte entre empresas que têm vagas abertas e pessoas que estão procurando emprego.
MARCA E PRESENÇA DIGITAL – A Cultura Paraná, como carinhosamente ficou conhecida a Superintendência-Geral da Cultura nas redes sociais, teve sua identidade visual reformulada. De cara nova, vem ao encontro de uma nova conexão da Superintendência com uma linguagem leve, direta e contemporânea, buscando uma maior proximidade comunicativa com público, classe cultural e parceiros.
Em paralelo à reformulação comunicacional, as redes sociais tiveram um crescimento expressivo, quase triplicando o alcance nos últimos 12 meses: de 2.700 seguidores em dezembro de 2020, passou a contar com mais de 7 mil seguidores ativos e orgânicos no mesmo mês, em 2021.