Um sinal de alerta acendeu no Ministério Público do Paraná. Segundo fonte da coluna, o foco é a série de novos alvarás de construção emitidos pela Prefeitura de Curitiba, liberando, aos borbotões, construções de prédios alto padrão em bairros nobres da cidade. Tudo com visíveis danos ao meio ambiente, como enorme impermeabilização do solo, isso sem falar que inexistiriam critérios para garantir correto fluxo de veículos nas áreas dos novos prédios.
A notícia divulgada pelo site/coluna (nominando as obras, com detalhes), da estranha liberação de alvarás sem cautelosos critérios urbanísticos, despertou interesse de promotores. Há alguns deles dizem querer averiguar se há “ nova quadrilha de alvará irregulares na Prefeitura de Curitiba”. Em 2017, o Gaeco, lembro, prendeu servidores e comissionados da gestão municipal , acusados de comércio ilegal de alvarás de funcionamentos de estabelecimentos comerciais.
Ao que tudo indica, as primeiras suspeitas mostram modus operandi similar ao da época de 2017, embora, se saiba, o prefeito Gustavo Fruet jamais se envolveu com a corrupção. Uma forte ação lobista, próximo do prefeito Rafael Valdomiro Greca de Macedo, passa a pressionar para liberar alvarás a qualquer forma. E vai se impondo, pois, alega-se, “fala-se pelo prefeito”.
Em 2017, na época da descoberta da “farra” de alvarás, o lobista apontando nas apurações do Gaeco seria o secretário de Urbanismo, Reginaldo Cordeiro. Atualmente, esse caso segue na Justiça sem nenhuma aplicação de pena contra o então secretário. Na avaliação de um vereador experiente de Câmara Municipal de Curitiba, a possibilidade de o Gaeco investigar emissões de alvarás na gestão Greca de Macedo seria “ uma tragédia para o prefeito e o supersecretário, Luiz Fernando Jamur” .
“Como a língua é chicote da b…, os dois que acusaram e denunciaram o prefeito de então, podem (caso se confirme a ação de uma quadrilha na prefeitura) responder por crime similar”, disse ainda o vereador, preferindo o anonimato. E só essa possibilidade de investigação já encheu de erisipela a turma do entorno do prefeito, da qual o mais próximo é o assessor predileto…
O medo expresso por essa turma resume-se na expressão que a coluna ouviu de um comissionado de Greca, na manhã deste dia primeiro: “Se começarem, a puxar a rede, vão cair alguns na malha do MP”… Há procuradores municipais e advogados particulares alertando o entourage do prefeito Rafael Greca, sobre os critérios que o MP usa em suas investigações.
Parafraseando o ex-secretário de Bill Clinton: o foco principal é “o dinheiro, estúpido!”. Assim, sinais exteriores de riquezas – como carros novos, jóias valiosas, relógios tipo Rolex, e até canetas de marca, além de vestes caríssimas – enquadram-se no olhar “atencioso” do MP. Isso sem contar que a freqüência a restaurantes de primeira classe, mais viagens ao exterior seriam, então, “evidências muito fortes de que alguém está faturando muito além de seus proventos municipais… E que, nessa área pública, não se conhecem milagres de multiplicação de renda…”
Toda essa gestão municipal vai acabar nas algemas do GAECO… Só cego que não vê o quanto essa gestão é terrivelmente cheia de coisas.