Para tentar atrair o apoio do governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) e afastar o chefe da Casa Civil Guto Silva (PSD) da disputa pela única vaga do Senado Federal a que o Paraná tem direito a partir de 2023, Alvaro Dias declarou em uma entrevista a uma rádio do interior que o Podemos irá lançar candidato caso não recebe apoio do PSD.
Desde o século passado, Dias vem trucando em todas as eleições, o último governador a ceder, o ex-governador Beto Richa (PSDB), em 2014, deve ter se arrependido, pois logo depois da eleição o senador não cumpriu o acerto de fortalecer o ninho tucano, deixou o PSDB e foi para o PV até chegar ao Podemos onde voltou a dominar uma sigla no Paraná.
Nos bastidores da política Dias perdeu apoio da maioria das grandes cidades do Paraná, nem mesmo em Maringá, onde ele passou parte da vida, conseguiu emplacar a simpatia de Ulisses Maia e até mesmo em cidades da região metropolitana da cidade canção.
Os tradicionais aliados o abandonaram na maioria das cidades do Paraná e hoje ele espera que Sergio Moro decole como terceira via para ter alguma chance de retornar a Brasília, em um momento em que Dias vem sendo assombrado por dossiês do tempo da Lava Jato, deixados em alguma da gaveta e que reapareceram nas mãos de adversários.
Outro problema de Dias é o mundo analógico que sempre viveu e a vaidade para permanecer no cargo, hoje, ele arrisca a ser candidato dele mesmo e não dos paranaenses.
Outro problema é quem no partido se arriscaria a disputar a chave do Palácio Iguaçu? Flávio Arns? Carol Arns? Cesar Silvestri Filho?
As chances maiores são de Arns pai, mas tem um Quadro Negro que pode incomodá-lo em 2022 e arrasar a chapa do Podemos.
Agora com Moro, Alvaro Dias não vai ganhar mesmo