Reportagem de Paulo Cappelli, Natália Portinari e Julia Lindner na edição de hoje de O Globo informa que o deputado federal Ricardo Barros teve “movimentação financeira incompatível com o patrimônio, a atividade econômica ou a ocupação profissional e a capacidade financeira, segundo”. É o que aponta relatório enviado pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e obtido pelo jornal.
O levantamento também aponta que Barros movimentou recursos com familiares ou “estreitos colaboradores” sem que fossem justificados por eventos econômicos e destaca, ainda, “movimentação por meio de saques, os quais dificultam identificar os beneficiários finais dos recursos”. Procurado, o parlamentar negou qualquer irregularidade e disse que suas operações estão “dentro da normalidade”.
O órgão do Banco Central, que busca combater a lavagem de dinheiro, apontou que Barros movimentou R$ 169.849,97 acima da capacidade declarada. Entre primeiro de março de 2021 até 31 de março de 2021, transferências de Ricardo Barros somaram R$ 418 mil. O valor chamou a atenção por representar 94% do que o deputado diz ter como patrimônio líquido declarado: R$ 446 mil. Dentro dessas transferências estão pessoas físicas e jurídicas das quais Barros é sócio. No relatório, é registrado ainda que Ricardo Barros é investigado por corrupção passiva, crime eleitoral, crimes contra a administração pública, formação de quadrilha, fraude, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal e lavagem eleitoral. Leia mais (para assinantes).