O colunista política Aroldo Murá conta que estamos na terceira gestão do alcaide Rafael Valdomiro Greca de Macedo e as ilegalidades e omissões se perpetuaram ao longo do tempo em diversas áreas de seu governo. A história dos radares, por exemplo, é apenas uma das partes de um grande “imbróglio” administrativo em que tem de ser examinado.
Tal como o chamado “avanço” que Greca determinou no fundo dos aposentados, R$ 600 milhões para pagar asfalto, outra barbaridade de que terá de prestar contas. As áreas da Prefeitura a serem olhadas criticamente são muitas.
Mas importante lembrar, agora, o contrato irregular do transporte coletivo de Curitiba. Ele foi examinado e condenado por exaustivos exames do Gaeco, Promotoria de Proteção ao Patrimônio, Tribunal de Contas, com o relatório do competente servidor Cláudio Henrique de Castro (Claudião da Biblioteca conhecido por ser um excelente aluno da UFPR e viver na Biblioteca), Operação Riquixá e CPI da Câmara de Municipal.
Tantos trabalhos acima de suspeitas, com os melhores avais técnicos, não obstaram “misteriosas decisões”, garantindo , no entanto, a vigência do contrato do transporte coletivo de Curitiba. E “la nave và”.
– Não há mistérios, há interesses que se colocam acima do bem público, observa um vereador de Curitiba que se dedica – diz ao site – “a Mapear o universo de irregularidades da atual administração do Greca”.
A verdade é que as gracinhas do prefeito com seu mantra “Curitiba bem cuidada”, não suportam o confronto de realidades gritantes. Uma dessa realidades: o povo pagou por umas das tarifas mais caras do Brasil, por ônibus superlotados, sem conforto e, agora, possíveis vetores da Covid.
Estamos no ano de 2021, já transcorreram mais de 10 anos de contrato, encerrando-se o prazo em 2025, ou seja daqui a quatro anos. “Depois o alcaide vem com aquela voz de ventríloquo dizer que Curitiba é modelar e cidade inteligente”, observa um professor de urbanismo da UFPR, que pede anonimato.
E explica: “Estou mapeando as irregularidades urbanas acoitadas pelo atual prefeito e as novas criadas por ele. Tudo com vista a um documento que discutiremos em aula…” Para futura edição, claro. Se iniciais servem para saciar a curiosidade dos áulicos de Greca, que tal A.J.L, para dar uma pista do autor do trabalho acadêmico que deve estourar antes das eleições, claro?
R$ DOIS BILHÕES E MEIO
O valor estimado do contrato era de R$ 2.540.000.000,00 (dois bilhões, quinhentos e quarenta milhões de reais).
Acredita-se, no entanto, que com a “ajuda” em dinheiro público que Rafael Greca deu aos empresários (Gulin e outros), esse valor bilionário superou em muito o valor estimado (R$ 2 bilhões e meio).
E, apesar de todas as irregularidades constatadas, que bradam aos quatro ventos, nada foi feito! Essa é a mais pura e dura verdade que a população de Curitiba tem de engolir goela abaixo…
O transporte coletivo de Curitiba é uma operação cara, que envolve a manutenção das canaletas, estações tubos e o custo dos insumos, que são arbitrados pelas empresas por uma “planilha”; e com o pagamento de todos os custos pela administração de Rafael Greca, com o dinheiro do povo. Ou, como queiram, dinheiro do contribuinte.
Não existe planejamento na gestão, nada foi feito para reduzir este fardo de subsídios cobrados dos contribuintes. Vejam que o Estado envia cada vez mais dinheiro à capital de Rafael Greca. Caso não mande, é cobrado pelo Secretário de Finanças Vitor Puppi e Ogeny Maia, atual presidente da Urbs, como aconteceu dias atrás, com os dois reclamando contra Ratinho Junior na Câmara Municipal.
Alguém duvida que Ogeny e Puppi fazem o papel de marionetes do alcaide em suas entonações de protestos contra Ratinho Junior? Para eles, como disseram na Câmara, Ratinho Jr.“não ajuda Curitiba…” Tudo isso dá-se para garantir o pagamento de um contrato irregular conforme apurado pelo Tribunal de Contas do Paraná (TC-PR) e demais órgãos citados.
Mas ninguém foi punido? Por que, diante de tantas provas?
A ESTRATÉGIA GRECA
Dona Matilde, da Luz, em sua mesinha próximo à Secretaria de Governo da PMC, diz ter ouvido de seus colegas que, para garantir que o farto banquete financeiro continue, “ a estratégia é promover um engodo para que o poder público fique refém dos serviços de transporte”.
E, com tal atitude, justificando uma nova e nefasta prorrogação do diabólico contrato de Concessão do Transporte Coletivo, o intocável.
NÃO EXISTE ALTERNATIVA?
O atual governador Carlos Massa Ratinho Junior sempre defendeu uma pluralidade de modais de transporte, pensamento contrário ao reinante na prefeitura, onde tudo concorre para continuar a cidade “sequestrada pelo monopólio obsoleto dos ônibus das “famiglias”.
Então, é o caso de se perguntar: seria Jaime Lerner o único gestor pensante capaz de inovar a administração do transporte público? Parece que sim, pois desde a “revolução década de 70”, afora o próprio Lerner, ninguém teve capacidade para inovar e diversificar os modais da região metropolitana de Curitiba.
Em tom desanimado, mas ao mesmo tempo com um grito de esperança, antigo vereador curitibano, cidadão da área Norte da cidade, registrou para o site sua expectativa: – governador, espera-se muito de sua gestão! Já do prefeito Rafael Greca, na mais otimista perspectiva, considerando suas limitações, só se espera que não administre no resto de seu mandato como Calígula, nomeando um novo ” Incitatus “para gerir o Transporte Público de Curitiba.
Para lembrar a História, o infame imperador Romano Calígula em sua loucura e delírios de grandiosidade ( tal como as que inspiram certo gestor da terra de Guairacá), nomeou Cônsul seu cavalo preferido de nome “Incitatus”.
Viva Curitiba!
Greca é um gestor obsoleto… Defensor e praticamente da política do atraso… Muito pelas famíglias e pelos apaniguados e o resto ao povo e a cidade.
MP tá devagar nesse caso. Tá na hora de agir, vocês não acham?
Mamia
Como o MP não resolveu essa situação? O prefeito da época precisa ser penalizado