O articulista político Aroldo Murá conta que empresas de radares foram denunciadas por terem apresentado documentos que burlam a licitação dos radares de Curitiba. A denúncia foi apresentada na Superintendência de Trânsito , contudo não foi investigada a fundo, pois esbarra em interesses de gente muito forte na administração Municipal.
A administração do alcaide até chegou a inserir a cópia da denúncia no site de licitações; contudo, forças ocultas determinaram sua retirada.
Segundo constava no documento encaminhado para a administração, o qual foi retirado do site da prefeitura, as Empresas Perkons e Fiscaltech teriam mudado as especificações dos equipamentos apresentados em sua proposta, de maneira a inserir um novo equipamento e software o qual, em tese, atenderia a licitação.
ONDE ESTÁ O PECADO?
A documentação original do primeiro lote não atenderia o especificado pela administração, e o pecado é justamente a mudança da proposta no meio da licitação, inserindo documentos novos, e testando algo diferente do que foi apresentado.
Segundo consta, os equipamentos para instalação na cidade são da empresa Fiscaltech, a qual não promoveu a validação dos mesmos na licitação junto ao Tecpar.
Isto significa que Fiscaltech está atuando de forma ilegal.
A influência das empresas de radares na administração de Rafael Valdomiro Greca de Macedo é muito grande e apesar das denúncias que as envolvem, tudo segue ‘normal na administração’.
“NOVO NORMAL”
“Isso é o normal do governo do atual alcaide, quando se trata de certas licitações”, observa a veterana dona Matilde depois de ter “dado uma passadinha” na Secretaria de Governo.
Não se revela, no entanto, quando ela passou por lá, claro.
Garantem bons e notórios avaliadores da área, que “o contrato é muito grande!”. Envolve mais de 30 milhões e que “ nem a empresa Consilux teria tanta força dentro da administração para fazer uma mudança na proposta no meio da licitação. Assim, a suspeita fica voltada para a comissão de licitação”.
FALANDO EM CONSILUX
Nos corredores da Secretaria de Finanças – por onde a brava Matilde também circula, ainda sem despertar suspeitas -, mesmo com bandeira vermelha em função da pandemia, as reuniões e rumores corriam soltos até ontem, 9.
Lá, o último rumor é a de que o ‘cabeça branca’, dono da Consilux, não está contente com a administração de Rafael Greca, a qual acelerou a desinstalação de seus radares e recusa-se a pagar sua indenização pelos equipamentos apropriados pela administração.
Tal queixa, que vai ganhando acústica no Judiciário e legislativo,e MPF e MPPR, ainda vai render várias ações para a atual gestão. Afinal, é sempre oportuno lembrar o aforismo – “Quando brigam as comadres, descobrem-se as verdades”…
AS OBRAS DA “ARANHA”
Por exemplo, para Fabiano, ex -funcionário da Finanças, a mudança de tratamento da gestão decorreu “em virtude de não atendimento de um compromisso para projeto social em que a chamada primeira dama encabeçava”. Há gente na Consilux garantindo que por lá “não mais aguentavam as pressões da Aranha Marrom, que apresenta mais pedidos de ajuda do que programas sociais atendidos pela Prefeitura”.
Afinal, sabe-se há muito tempo que nada melhor que uma “obra social” para justificar peditórios nem sempre justificáveis. No mundo da pilantropia é assim que o pessoal age.
POR FALAR EM AÇÃO SOCIAL…
O Tribunal de Contas do Estado está de olho na gestão de Rafael Valdomiro Greca de Macedo.
A gestão do atual alcaide tem combatido o TCE-PR, não acatando suas recomendações, inclusive as relativas ao Covid-19 nos ônibus pertencentes à família Gulin, família amiga do prefeito, com notórias convivências sociais, geralmente no Graciosa.
Mas, afinal, como fica nítida incongruência do prefeito e da Prefeitura? Simplesmente porque Greca admite e sacramenta aglomeração nos ônibus; mas não no comércio com dois ou três vendedores, que tem de ficar fechado.
Essa é a política “sanitária” do alcaide: para os amigos de clube (e de saunas) tudo; para os outros, para os inimigos ou “distantes”, as fiscalizações da Guarda Municipal e AIFU-Ação integrada Fiscalização Urbana.
CORTINA DE FUMAÇA
No fundo tudo isso é uma verdadeira cortina de fumaça para encobrir a necessidade de nova licitação do Transporte Coletivo.
Renovar o contrato é a meta da administração Rafael Valdomiro Greca de Macedo. A “Operação Riquixá – lembram-se?- demonstrou o esquema em torno das licitação do transporte.
Licitação que rendeu um contrato que foi objeto inclusive de uma CPI na Câmara Municipal de Curitiba.
No caso dos radares, o TCE Paraná com certeza já está de olho e estará solicitando as cópias das denúncias que foram sorrateiramente retiradas do site da Prefeitura.
Barbaridade