O apoio do Governo do Estado às empresas paranaenses está ajudando o Paraná a dar uma boa resposta à crise econômica causada pela pandemia de covid-19, afirmou o governador Carlos Massa Ratinho Junior. Ele concedeu uma entrevista na Associação das Emissoras de Radiodifusão do Paraná (Aerp), retransmitida em todo o Estado, nesta quinta-feira (27).
Ao longo desta semana, o governador deu uma série de entrevistas à imprensa paranaense, com conversas nas rádios T, de Ponta Grossa, Paiquerê, de Londrina, e Cultura, de Foz do Iguaçu, além de duas emissoras de TV, a Rede Paranaense de Comunicação (RPC) e a Rede Independência de Comunicação (RIC).
Ratinho Junior destacou o aporte de R$ 80 milhões do Governo do Estado para auxiliar microempresas e microempreendedores individuais (MEIs), dois segmentos mais afetados pelas restrições da pandemia. A lei que cria o auxílio emergencial foi sancionada pelo governador na quarta-feira (26), com a ampliação dos recursos e das empresas beneficiadas ao previsto anteriormente. O programa deve alcançar quase 125 mil empreendimentos.
“Colocamos a estrutura do Estado para dar suporte aos setores que mais sofrem com a pandemia, como o de turismo e eventos”, disse. “Além do auxílio emergencial, há empréstimos com juros subsidiados por meio das agências financiadoras estaduais, isenção do ICMS de 270 mil empresas cadastradas no Simples Nacional e a postergação do pagamento de parcelas de empréstimos do BRDE e da Fomento Paraná”.
Mesmo com o impacto da pandemia, vários setores estão ampliando a produção e o Estado apresenta resultados positivos em vários indicadores, inclusive na geração de emprego, como mostra o último levantamento do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado na quarta-feira. “Fechamos o primeiro quadrimestre do ano com um saldo de 87,7 mil novos postos de trabalho, muito mais do que geramos no ano passado inteiro. Mesmo com a pandemia, o Paraná foi o segundo estado que mais criou empregos em 2020”, ressaltou.
PANDEMIA – Segundo o governador, a retomada econômica deve se intensificar conforme mais pessoas sejam vacinadas no Estado. Enquanto isso, o governo ampliou as medidas restritivas para frear as contaminações pelo novo coronavírus, além de prestar apoio aos municípios que adotarem restrições ainda mais duras que as do Estado.
“Nossa preocupação é com a terceira onda que está a caminho. Infelizmente, o frio agrava as doenças respiratórias, então, além da Covid, temos que lutar contra as outras enfermidades que vêm com o inverno. As medidas que adotamos são para evitar uma sobrecarga ainda maior nos hospitais e unidades de saúde. O Estado até tem recursos para abrir novos leitos, mas não há mais profissionais disponíveis”, destacou.
Ele também comentou sobre o retorno gradativo das aulas no Paraná, que está sendo feito no modelo híbrido, com alternância entre aulas presenciais e remotas, e com todos os cuidados sanitários sendo tomados. “O retorno está sendo feito com muito planejamento, organização e de forma gradativa, com prioridade para que voltem às salas de aula aqueles alunos que têm mais dificuldade em acompanhar as aulas online”, disse.
AFTOSA – Ratinho Junior também comemorou o status recém-conquistado pelo Paraná, que se tornou na manhã desta quinta-feira área livre de febre aftosa sem vacinação. A chancela foi dada pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), que também confirmou o Estado como zona livre de peste suína clássica independente.
- Paraná conquista status de área livre de febre aftosa sem vacinação
- OIE reconhece Paraná como zona livre de peste suína clássica independente
O Estado é o maior produtor de proteína animal do Brasil, líder nacional na produção de frango e peixe. O reconhecimento internacional, que atesta a qualidade da carne paranaense, vai ajudar a abrir as portas ao Estado para mercados que pagam melhor pelo produto. “É a notícia mais importante para a agropecuária paranaense nos últimos 50 anos. Conquistamos o mais alto grau de sanidade animal do mundo, que vai valorizar muito os nossos produtos”, salientou.
Ele ressaltou que a conquista de mercados internacionais – até então, 65% dos países não compravam a carne produzida no Paraná – vai refletir na geração de empregos e na melhoria da qualidade de vida da população que vive no campo. “Muitas empresas já estão ampliando os investimentos no Estado, o que deve aumentar ainda mais a produção no campo. Já somos o maior produtor de frango, vamos ampliar a produção leiteira e também devemos nos tornar nos próximos anos o Estado que mais produz carne de porco no País”, disse.
CONCESSÃO –Outro assunto abordado foi o novo programa de concessões das rodovias do Paraná. Após muito diálogo com o governo federal, o Estado garantiu que o modelo que vai a leilão seja o de menor preço. “Construímos com o Ministério da Infraestrutura a modelagem que a sociedade quer, com a menor tarifa, obras e transparência, com o leilão feito na Bolsa de Valores para garantir que as empresas participantes sejam idôneas”, afirmou o governador.
“Nosso governo é formado por grandes desafios, a pandemia e a maior crise hídrica da história. Mas também são desafios que vão definir o futuro do Paraná. Conquistamos o status de área livre de aftosa sem vacinação, vamos mudar o modelo de pedágio depois de 25 anos. Com a união da sociedade civil e dos demais poderes faremos um estado ainda mais forte”, completou. (AEN)