O professor e colunista político Aroldo Mura conta que passadas as turbulências eleitorais, bons avaliadores de resultados das urnas em Curitiba contabilizam algumas derrotas ditas inesperadas. E eles aqui aparecem, sem preocupações com ordem de votos obtidos, apenas para exemplificar quão traiçoeiras podem ser as urnas. Os nomes que seguem, sempre ou quase sempre foram apontados como poule de dez.
Mas rodaram: Gerson Guelmann ficou na quarta suplência do PDT. Tem um amplo acervo de trabalho em favor de Curitiba e muitos imaginavam que a comunidade judaica iria apoiá-lo em peso. Rodou, mesmo com vídeo de indicação feito por Jaime Lerner.
Rodou também Fábio Aguaio, da Abrapar, tido como apoiado por Sergio Moro; igualmente não passou no teste eleitoral o ex-vereador Mestre Dea; Roberto Accioli já tinha sido vereador e depois deputado estadual, mas não conseguiu mandato agora, assim como o ex-vereador Edson do Parolin, um quadro muito próximo de Beto Richa e Fernanda Richa.
As surpresas foram muitas, como a rejeição de João do Suco, que já foi vereador em Curitiba e presidiu a Câmara; Antonio Borges dos Reis e Ailton Araujo, igualmente ex-presidentes da Câmara, não provaram também da vitória.
Uma das surpresas de derrotados foi Bruno Pessuti, vereador, com o apoio do seu pai, o ex-governador Orlando Pessuti. É possivelmente o melhor quadro com formação técnica em Engenharia da Câmara desta legislatura.
O veterano José Maria Correa, ex-vereador, ex-presidente da Paraná Previdência, que foi delegado geral da Polícia Civil, e também prefeito de Matinhos, também não foi acolhido pelas urnas.
Jogo se ganha no campo, a covid foi o fator que barrou os favoritos. Estes barões da políticas colhe o que plantaram.