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segunda-feira, novembro 25, 2024
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InícioPolítica CuritibaAtenção básica da saúde caiu 57% em Curitiba

Atenção básica da saúde caiu 57% em Curitiba

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O polêmico jornalista Aroldo Murá conta que fontes da área da saúde pública de Curitiba produziram, a pedido da Coluna/Blog, a análise que segue sobre as ações do município  neste ano, com a declaração lapidar: “parabéns, a prefeitura mostra capacidade enorme de ocultar informações na área”.

“Há que se reconhecer: a gestão atual da  Prefeitura de Curitiba merece os parabéns pela extrema capacidade de ocultação de informação e não deixa de surpreender neste quesito, mesmo em seu último ano na função e sob os holofotes decorrentes da atenção pandêmica.

OMITIRAM UBS FECHADAS

É impressionante que tenham conseguido elaborar um relatório de atividades de maio a agosto de 2020 sem mencionar em nenhum trecho as dezenas de UBS que estiveram fechadas no período inteiro, as grandes reorganizações de direcionamento de populações para atendimentos de Atenção Básica, as intensas modificações de elaboração de agendamento de consultas que iniciaram transitórias e se prolongaram ao longo do período…”

QUANTOS AFASTADOS?  

Da mesma forma, são mencionadas as contratações adicionais, mesmo em caráter provisório, mas não são mencionados quantos profissionais foram afastados de atividades por precauções quanto à pandemia! Eles indicam no Relatório que a produção de Atenção Básica caiu 57% (comparando a média de produção total em janeiro e fevereiro, que seria 838.676, com a média abril-maio-junho, 360.295 – exclui março que deve ter sofrido efeito parcial de redução já). Ah, como desde o primeiro quadrimestre deixaram de relatar em separado consultas na atenção básica por categoria profissional, como ocorria nos relatórios prévios, não há como comparar com os anos precedentes…

FALTA ESCLARECER

Como não deixam claro como ficaram efetivamente os recursos humanos na atenção básica no período, ao ocultar o grande volume de afastados, não dá para saber quanto desta redução de produção decorre de redução de pessoal e quanto decorre das reduções de agendamento para precauções devido à pandemia.

Seria bem fácil também ver se houve efeito específico do fechamento das UBS e redirecionamento das populações, se disponibilizassem dados de produção das UBS que fecharam comparando com as UBS que não fecharam – suponho que as populações vinculadas às primeiras sofreram maior déficit de atenção em saúde no período…

“UMA GRANDE FICÇÃO”

O indicador 17, cobertura populacional estimada pelas equipes da atenção básica, apresenta uma grande ficção, sem nenhum comentário ponderador: em junho 2020 a cobertura estaria em 62%, grande aumento se comparado com os 49,52% relatados no relatório prévio para fevereiro 2020. Mas a magnitude da mudança é uma ficção, por dois motivos: um é mencionado de passagem no relatório noutro trecho, quando comentam da ação 1.1.7 – o MS redefiniu a portaria para estipular as equipes em fevereiro de 2020; o outro é totalmente ocultado – foram mantidos com carga horária no SCNES todos profissionais de saúde, mesmo os prolongadamente afastados no período, e contabilizados como “a mais” os contratos provisórios, artificialmente realçando a cobertura populacional, discrepância com a realidade que se acentua por ter ocorrido justo no período em que menos UBS estiveram abertas para o público…

A GRANDE TRUCAGEM

Já na produção da urgência e emergência, resolveram trucar nas técnicas de ocultação de informação: sequer mencionam a produção de cada mês, inviabilizando avaliar efeitos da pandemia nestes serviços tão importantes para seu enfrentamento!

Além disto, como o formato de informações apresentado desde o primeiro quadrimestre de 2020 mudou se comparado aos anos prévios, dificulta comparação com a série histórica. A mesma coisa na produção dos CAPS. na produção ambulatorial especializada…

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