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quarta-feira, novembro 20, 2024
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InícioPolítica CuritibaCom Paulo Opuszka, o slogan “chega dos mesmos” vira realidade no PT

Com Paulo Opuszka, o slogan “chega dos mesmos” vira realidade no PT

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Anderson conta na Gazeta do Povo que diferentemente de anos anteriores, quando escolheu políticos experientes para disputar a prefeitura de Curitiba, neste ano o Partido dos Trabalhadores (PT) resolveu apostar em uma cara nova. Rosto novo para a maioria da população, mas longe de ser um novato na política. Advogado e professor de Direito da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Paulo Opuszka vai disputar sua primeira eleição como candidato, após ter coordenado várias campanhas eleitorais, trabalhado em gabinetes e órgãos administrativos.

“Nos últimos 30 anos, os quatro nomes que disputaram a prefeitura e o governo estadual pelo PT são os mesmos. Não tem como fugir dessa transição geracional, os partidos precisam de novos quadros”, afirma Opuszka à Gazeta do Povo. A experiência adquirida em diferentes funções na administração pública é apontada pelo petista como um diferencial, no sentido de aliar “eficiência, produtividade e efetividade”. “O administrador têm que ter coragem de ouvir e enfrentar os principais problemas”, defende. Acompanhe a entrevista:

Essa é a primeira vez que o senhor disputa um cargo político eletivo. A escolha do seu nome pelo PT, em detrimento de outros políticos mais experientes, é uma tentativa do partido de se renovar?

Na eleição de 2008, o perfil da Gleisi [Hoffmann] era muito parecido, um quadro técnico que tinha conhecimento em relação à base, bom trânsito nas diferentes tendências, unia o partido na coordenação, mas não era um nome que já havia se projetado como figura pública. Nos últimos 30 anos, os quatro nomes que disputaram a prefeitura e o governo estadual pelo PT são os mesmos. Não tem como fugir dessa transição geracional, os partidos precisam de novos quadros. Na política em geral, em Curitiba, os nomes que estão fazendo sucesso são os que estão fazendo essa mudança geracional. Mas não foi só por isso. Passa também pelo entendimento do que é a tarefa do PT, um partido que tem uma questão social muito forte, um compromisso com o desenvolvimento das comunidades menos favorecidas, uma opção pelo orçamento nas comunidades da periferia, pela democratização da justiça. Passa por uma necessidade de discutir com as novas lideranças do PT.

O senhor esteve por quatro anos na superintendência do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap). O que essa experiência lhe mostrou sobre a gestão da cidade e de que maneira pretende aproveitá-la?

O Imap é um órgão voltado ao desenvolvimento pessoal e à capacitação dos servidores municipais. Na nossa gestão, o que acontecia era o seguinte: a prefeitura tinha que terceirizar, contratar uma escola que certificasse os servidores. Nós fizemos com que o instituto virasse uma escola de governo e emitisse a certificação. A experiência no Imap pode contribuir no olhar, em conhecer a eficiência do serviço público aliada à produtividade e a efetividade. Se você só conhece o serviço público por dentro e não tem relação para fora, faz uma gestão eficaz, mas que não atende o povo. Se só atende a população e não entende de orçamento, você faz gastos imensos, comete ações ineficientes. Todo candidato a prefeito deveria entender de eficiência administrativa aliada à efetividade e cidadania. O prefeito atual entende de eficiência e não entende de efetividade, por isso atende um terço da população.

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