Marcos Tosi entrevistou para a Gazeta do Povo, o pré-candidato do Partido Trabalhista Cristão (PTC) à prefeitura de Curitiba, José Maria Boni gastou muita sola de sapato na cidade desde que saiu das eleições para o Senado, em 2018, com 264 mil votos. A votação, feita “na raça”, segundo Boni, e sem fundo partidário, “foi o que chamou a atenção do partido”. Hoje Zé Boni, como se apresenta ao eleitor, assegura que em 327 anos nenhum pré-candidato a prefeito visitou tantas famílias curitibanas como ele, batendo de porta em porta nos 75 bairros e dezenas de vilas da capital paranaense. Nascido em Loanda, em 1977, Zé Boni já foi vereador no interior do estado e superintendente da Companhia da Habitação do Paraná (Cohapar) no governo Beto Richa. Confira a entrevista concedida a Marcos Tosi.
Em 1996, aos 18 anos, o senhor foi o vereador mais jovem do Brasil, eleito em Santa Cruz do Monte Castelo. De lá para cá, que experiências acumulou que o fazem crer ser um bom nome para a prefeitura de Curitiba?
Eu fui superintendente da Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar), de 2011 a 2016, e ajudei a construir o maior programa habitacional da história do Paraná, em que foram atendidas mais de 100 mil famílias de baixa renda. E como candidato a senador (2018) tinha três segundos de tevê, zero fundo partidário, que eu abri mão. Fiz 264.518 votos na raça. Não tinha um cabo eleitoral. Fiz a campanha de ônibus, a pé, com meu carro, sem nenhuma estrutura. E também trabalhei na empresa de alimentos Boni, como administrador. É uma empresa da família, com matriz em Santa Cruz do Monte Castelo, mas comercializa em todo o estado.
Pela Cohapar o senhor atuou, então, durante um bom tempo, no governo Beto Richa…
Foi nesse governo, só que a Cohapar é uma empresa de economia mista, é uma empresa que dependia sim do estado, mas é uma empresa sem fins lucrativos, e todo esse grande projeto, em que foram atendidas mais de 110 mil famílias, foi em parceria do Governo Federal, Caixa Econômica, Ministério das Cidades e municípios.
Além de ter sido eleito muito jovem para um cargo público, o senhor guarda alguma outra afinidade com o ex-presidente Collor, que é do seu partido e foi o presidente mais jovem do Brasil?
O Collor eu não conheço, conheço o presidente nacional, que é o Daniel Sampaio Tourinho, que depois dessa votação expressiva que eu fiz para o Senado esteve até aqui em Curitiba, juntamente com o presidente estadual do partido, Alexandre Discioli; eles me convidaram a ser pré-candidato a prefeito. Um cara que não é filho de famoso, não é filho de milionário, fez essa votação expressiva na raça, zero fundo partidário, praticamente três segundos de tempo de tevê. Foi o que chamou a atenção do partido. Mas não tenho nenhuma ligação com o ex-presidente Collor, inclusive, minha ideologia é outra. Temos uma boa ligação com os presidentes nacional e estadual, e zero ligação com o ex-presidente Collor. Que na época era o PRN, hoje é o PTC. Bem diferente, né?
Se tiver que coligar com alguém, dos nomes que estão colocados para a disputa, quem seria o aliado preferencial do senhor?
Olha, tudo o que nós construímos até hoje, com muito trabalho, com muita honestidade, sem conchavo com ninguém, sem acerto político com ninguém, nós construímos com um grupo que quer uma Curitiba humana, melhor, mais justa. Eu acredito que estarei no segundo turno, o único que representa a renovação, a mudança, sou eu. Mas não indo para o segundo turno, eu vou consultar esse grupo, que quer uma Curitiba melhor. São voluntários que estão elaborando nosso plano de governo: empresários, professores, pessoas técnicas na área de mobilização, segurança, saúde. São pessoas que se fossem cobrar para construir um plano de governo, eu não teria condições, nem o partido. Mas vieram voluntariamente. Há um ano e meio fui o único curitibano a pisar em todas as vilas e bairros de Curitiba, a pé, andando de ônibus, casa a casa. Inclusive, antes desta entrevista, eu estava no bairro Augusta, visitando mais de 120 residências. Coisa que em 327 anos, nenhum pré-candidato a prefeito fez. O que chamou a atenção delas foi essa forma diferente de fazer campanha, chegando na casa do eleitor, olhando nos olhos, pegando na mão, sentando, tomando café.
Visitar bairro não elege ninguém.
Redes sociais hoje.
Zé Boni é um candidato à se pensar.
Nessa pandemia as eleições não serão mais assim
Não pode mais visitar.
Com poucos candidatos é mais fácil fazer votos!