Angelo Rigon conta que o senador Alvaro Dias, agora mais bolsonarista do que nunca, não emplacou o ministro da Educação, mas conseguiu colocar o maringaense Wilson de Matos Silva (Unicesumar) na Câmara de Educação Superior do ministério. Matos, que foi suplente de Alvaro no Senado de 2007 a 2014, é um dos quatro nomeados para a CES pelo presidente Bolsonaro nesta setxa-feira.
O Podemos, de Alvaro Dias, já havia conseguido a indicação do deputado federal Diego Garcia como um dos vice-líderes do governo na Câmara Federal. Até então o partido se colocava como independente em relação a Bolsonaro, que entregou boa parte da administração federal ao centrão.
Além de proprietário da Unicesumar, Matos também é liderança evangélica, e sua nomeação aponta que houve um entendimento também com a nomeação, por Bolsonaro, de outras lideranças, como o próximo ministro da Educação, Milton Ribeiro, pastor da Igreja Presbisteriana de Santos.
Bolsonaro não nomeou nenhum representante da rede pública municipal e estadual para integrar o Conselho Nacional de Educação, órgão de assessoramento do MEC e responsável por propor políticas públicas na educação. Foram reconduzidos ao cargo os presidentes da Câmara de Educação Básica, Sueli Menezes, e da Câmara de Educação Superior, Luiz Roberto Curi. Ao todo são 24 membros, com mandato de quatro anos, podendo ser prorrogado por mais dois.
Entre os 11 novos nomes, não há nenhum representante do Conselho de Secretários Estaduais de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime).
Tem que emplacar mesmo.