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quarta-feira, novembro 20, 2024
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InícioGeralProjeções do Coronavírus para as próximas semanas

Projeções do Coronavírus para as próximas semanas

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*Julio Croda

A restrição do contato social é uma medida que deve ser sugerida precocemente para que se tenha um achatamento da curva com menor impacto econômica possível. No momento que temos um aumento exponencial do número de casos, essas medidas não são mais efetivas e portanto torna-se necessário medidas mais restritivas como a quarentena de toda uma cidade ou região (Lockdown) assim como ocorreu em Wuhan e na região da Lombardia na Itália.

No Brasil ainda temos a recomendações de evitar o contato social. Nenhuma cidade do Brasil até o momento usou da força de segurança para impedir trânsito de pessoas como nas cidades que optaram por quarenta.

Se a redução de contato social for efetiva, se limitando algumas a ações pontuais, os impactos econômicos podem ser mitigados e dessa forma, medidas mais extremas poderão ser evitadas.

1-Projeções até o dia 30 de março: A Universidade de São Paulo projetaram mais de 20 mil casos de COVID19. O número de casos está dobrando a cada 3 dias. A velocidade no aumento do número de casos irá depender de medidas de restrição do contato social e seu impacto só será mensurado depois de 2-3 semanas. (https://bit.ly/USP-RP).

2-Projeção até 30 de abril para a região metropolitana de São Paulo: Modelo publicado pela equipe da Unb para região metropolitana de São Paulo projeto 38 mil casos, 2181 hospitalizações e 397 óbitos sem nenhuma medida de restrição de contato social. (https://bit.ly/UnBCOVID19)

3-Ganho de tempo para disseminação da doença: As medidas de restrição social deverão ser avaliadas por cada gestor local e ser adotadas conforme a necessidade. Importante ressaltar que a restrição de fluxo dentro do município com disseminação, gera um ganho de até 100 dias no que diz respeito à disseminação do COVID19 para outros municípios (https://bit.ly/fluxonacidade).

4-Regiões com risco elevado para transmissão do COVID-19: A curva epidemiológicas serão concomitantes em diversas regiões do Brasil. Esse cenário de risco pode ser observado através dos dados gerados por pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, Espanha e Portugal (https://bit.ly/mapa-de-riscoCOVID19)

5-Quarentena Vertical: Mesmo com a estratégia de quarentena vertical para casos, contatos e idosos acima de 70 anos o número de leitos necessários de UTI no Reino Unido será 2 vezes maior do que o número atual no pico da epidemia. Além disso seria necessário que essas medidas durassem de março de 2020 e novembro de 2021 sendo que em dois terço do tempo essas pessoas precisam permanecer no seu domicílio para evitar a sobrecarga do sistema de saúde. (Figura 2 e 4) (https://bit.ly/quarentena-vertical).

6-Situação no Brasil: Dados do Info-gripe já mostrar que o número de pacientes hospitalizados por SRAG na data de hoje já é quatro vezes maior que durante a sazonalidade de Influenza. O número de óbitos terá esse mesmo crescimento exponencial nas próximas 2-3 semanas. O pico da sazonalidade dos vírus respiratórios é no meio do mês de maio. (https://bit.ly/infogripeCOVID19)

* As projeções podem ser diferente dos dados oficiais a depender da taxa de testagem de cada estado. Importante monitorar através do Infogripe os casos internados por SRAG (Pacientes com quadros respiratórios internados nos hospitais)

Contatos: *1) USP-RP (doquiron@gmail.com); 2) UnB (fabiana.sgan@gmail.com); 3) PROCC-FIOCRUZ (marcelo.gomes@fiocruz.br); 4) UFV (wesley.cota@ufv.br); 5) (neil.ferguson@imperial.ac.uk); 6) PROCCFIOCRUZ (marcelo.gomes@fiocruz.br)

* Júlio Croda é diretor do Departamento de Imunizações e Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde

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