O Paraná encerrou 2019 como um dos quatro Estados que mais geraram emprego no País, com saldo de 51.441 vagas abertas, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados nesta sexta-feira (24).
Esse é o melhor índice dos últimos seis anos e representa crescimento de 24,28% em relação a 2018, que teve 41.391 novos empregos. O Paraná também fechou o ano com o quarto maior estoque de carteiras assinadas do País, com 2.655.253 de pessoas empregadas.
Os segmentos que mais contrataram no Estado foram o setor de serviços (saldo de 32.311 novas vagas), comércio (13.610), construção civil (6.036) e indústria (1.462). Entre os subsetores, os que mais se destacaram foram o comércio e administração de imóveis (19.340), serviços de alojamento, alimentação e manutenção (5.120) e serviços médicos, odontológicos e veterinários (4.074). Na indústria, os destaques foram para a metal-mecânica, metalurgia e alimentícia.
Segundo o governador Carlos Massa Ratinho Junior, os números consolidam o Paraná como um dos Estados que mais ajudaram a puxar a recuperação da economia brasileira. “Estamos entre os maiores empregadores do País e os índices nacionais de produção industrial e exportação também projetam o Paraná como protagonista. Mas o mais importante é o crescimento orgânico em diversas áreas”, apontou o governador.
De acordo com Ratinho Junior, 2020 deve ser um ano ainda melhor em função da consolidação de programas de estímulos do Governo do Estado em diversas áreas e da abertura de novos empregos com os R$ 23 bilhões de investimentos prospectados no ano passado. “É fruto de muita dedicação de todas as áreas do Governo e do setor produtivo paranaense, que é muito integrado e inovador”, complementou.
“Neste último ano implementamos uma nova forma de gestão, eficiente, inovadora e mais próxima da iniciativa privada, e tivemos um bom crescimento na geração de empregos. Desde 2013 o Paraná não criava tantos postos de trabalho. E essa retomada do emprego certamente vai gerar um ciclo de bons resultados nos próximos anos”, acrescentou o secretário da Justiça, Família e Trabalho do Governo do Paraná, Ney Leprevost.
ATIVIDADE ECONÔMICA – Em 2019, o Paraná também registrou crescimento da atividade econômica, na ordem de 2,45% (índice dos últimos 12 meses calculado pelo Banco Central), e o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1% no terceiro trimestre em relação ao mesmo período de 2018, índice alavancado pela recuperação do setor agrícola.
Suelen Glinski, economista do Departamento do Trabalho da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), destaca que o saldo de empregos do Paraná confirma uma trajetória de recuperação da economia. “O Paraná criou empregos independente de sazonalidades. Essa trajetória regular e com destaque nos índices nacionais mostra que os investimentos projetados para diversos setores tendem a manter essa curva ascendente nos próximos anos”, afirmou.
DEZEMBRO – Em dezembro, mês historicamente negativo em função do encerramento dos contratos temporários, todas as unidades da federação registraram índices negativos. O Paraná perdeu 22.757 vagas. Apesar desse número, foi a menor queda registrada desde dezembro de 2006, quando o Estado perdeu pouco mais de 21 mil vagas. Em 2018, foram -26.838.
A economista do Departamento do Trabalho explica que os últimos meses do ano costumam registrar números mais baixos. “As empresas contratam em função das vendas de final de ano, picos de produção da indústria, e em dezembro a maioria dos contratos se encerram. Também é um período de férias escolares e entre safra”, afirmou Suelen Glinski.
CIDADES – Curitiba lidera a relação dos municípios com mais de 30 mil habitantes que mais criaram postos de emprego no acumulado do ano, com saldo de 19.325 novos postos de trabalho. Maringá (3.781), São José dos Pinhais (3.158), Cascavel (2.265) e Pato Branco (2.159) completam o ranking.
CARTEIRAS ASSINADAS – O Paraná é o Estado do Sul com maior número de trabalhadores com carteiras assinadas até 31 de dezembro de 2019. De acordo com o Caged, o estoque paranaense é de 2.655.235 pessoas empregadas, contra 2.540.267 do Rio Grande do Sul e 2.076.788 de Santa Catarina. O País tem 39.054.507 trabalhadores com carteira assinada.
NACIONAL – O Caged também aponta crescimento em nível nacional no acumulado do ano, com saldo de 644.079 novos empregos, maior resultado desde 2013.
No recorte geográfico, as cinco regiões brasileiras apresentaram alta, com destaque para o Sudeste (318.219) e o Sul (143.273). Os setores que puxaram o índice nacional foram serviços (382.525), comércio (145.475) e construção civil (71.115).
No mês de dezembro, foram fechados 307.311 postos de trabalho, mas no comparativo com 2018, também houve crescimento. As cinco regiões ficaram negativadas: Norte (-14.190 postos); Nordeste (-34.803); Centro-Oeste (-36.966); Sul (-65.761); e Sudeste (-155.591)